Augusto Aras e Jair Bolsonaro
Isac Nóbrega/PR
Augusto Aras e Jair Bolsonaro

O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que foi unilateral a declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que seria arquivada a investigação sobre supostas interferências do presidente na Polícia Federal . "O presidente esqueceu de combinar comigo", disse na noite desta segunda-feira (1º) em entrevista ao programa da TV Globo , Conversa com Bial.

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No último dia 25, Bolsonaro afirmou que "por questão de Justiça, acredito no arquivamento natural do Inquérito". Aras alega que o presidente o deixou em uma posição desconfortável com a declaração.

O procurador-geral da República é o responsável por arquivar ou prestar denúncia sobre a investigação, decisão que ainda não foi tomada já que o inquérito está em andamento.

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"Ocorre que é uma declaração unilateral, o presidente esqueceu de combinar comigo. Mas eu posso compreender que o presidente é um homem muito espontâneo, ele tem convicções próprias, ele chegou ao mais alto grau na hierarquia política do Brasil”, disse Aras sobre Bolsonaro .

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Aras disse na entrevista que não é amigo de Bolsonaro, mas que eles possuem uma relação respeitosa. "Se eu não tenho condições de controlar os meus colegas da primeira instância, que ousam contra as minhas posições e gritam todo dia que têm independência funcional, imagine se eu ou qualquer outra autoridade possa controlar o que diz o senhor presidente."


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