Em vídeo divulgado hoje, 29, o presidente Jair Bolsonaro conversa com vendedor de espetinho e aglomera pessoas em rua de Taguatinga
Reprodução/Twitter
Em vídeo divulgado hoje, 29, o presidente Jair Bolsonaro conversa com vendedor de espetinho e aglomera pessoas em rua de Taguatinga



Na manhã de hoje, 29, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou em seu perfil no Twitter um vídeo em que conversava com um vendedor de espetinhos em um local público em Taguatinga, no Distrito Federal. Aos poucos uma aglomeração de pessoas se formou para gravar vídeos e pedir pela reabertura dos comércios. Nem o presidente e nem as pessoas ao redor usavam máscara de proteção ou adotaram as medidas preventivas ao novo coronavírus durante o encontro.

No vídeo, o vendedor afirma que não pode parar de trabalhar. “A morte tá aí mas seja o que Deus quiser, só não pode ficar parado”, diz o vendedor, que ainda diz que sua saúde está em dia e, por isso, não será contaminado pelo coronavírus. “Eu acho que o senhor não tá errado [sobre o posicionamento do Presidente], a gente tem que ir pra rua trabalhar”, afirma.

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Por conta do sobrepeso, este mesmo senhor está incluso no grupo de risco do vírus. O vendedor de espetinhos diz ainda: “Se a gente não morrer disso, vai morrer de fome”. Ao que Bolsonaro responde: “Não vai morrer, não”.


“Então, o que eu tenho conversado com o povo… Eles querem trabalhar. É o que eu falo desde o começo: vamo tomar cuidado, maior de 65 fica em casa”, afirma Bolsonaro em direção à câmera. Neste momento, mais pessoas vão se juntam para interagir com o presidente - o que vai contra as orientações para que as pessoas fiquem em isolamento social e longe de aglomerações.

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Antes do encerramento do vídeo, Bolsonaro aproveitou para falar sobre a hidroxicloroquina. “A cloroquina tá dando certo em tudo quanto é lugar”, diz. Na verdade, o tratamento por meio da cloroquina ainda está em fase de testes e até o momento, não há confirmações sobre sua eficácia no combate à Covid-19 . O próprio Ministério da Saúde já afirmou que a cloroquina não evita a doença e ainda não é o remédio que veio “para salvar a humanidade”.

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