Everton Sodario, o
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Everton Sodario, o "Bolsonaro caipira", é o primeiro representante do PSL eleito prefeito em São Paulo

Primeiro prefeito eleito pelo PSL após a posse de Jair Bolsonaro , Éverton Sodário , apelidado de 'Bolsonaro caipira', engrossou nesta quarta-feira (9) o movimento de apoiadores do presidente na disputa interna com a cúpula do partido. Em entrevista ao jornal O Globo , ele disse que deixa o PSL se Bolsonaro se desfiliar.

O ' Bolsonaro caipira' deverá tomar posse na próxima semana do cargo de prefeito de Mirandópolis, no interior de São Paulo. Na terça-feira, o Tribunal Regional Eleitoral de São
Paulo derrubou o último impedimento que havia para ele assumir o posto após vencer em setembro uma eleição suplementar.

Que posição tomará se o presidente Bolsonaro deixar o PSL?

Eu sou Bolsonaro. Se o presidente sair do PSL, eu o acompanho para onde ele for.

Acredita que o presidente sairá mesmo do partido?

Penso que se o presidente, de fato, for sair do PSL não vai fazer isso por nenhum motivo fútil. Acredito que há razões concretas para isso. Pela posição que ele ocupa não faria por qualquer motivo. Eu sou fiel ao partido enquanto o presidente Bolsonaro estiver nele.

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A eleição municipal será daqui a um ano. Candidatos não vão pensar duas vezes antes de deixar um partido como o PSL que tem dos maiores fundos partidário e eleitoral?

As campanhas mudaram bastante. Eu gastei cerca de R$ 22 mil na minha campanha este ano. Meu adversário gastou bem mais que eu e teve uma votação menor. Hoje utilizamos muito as
redes sociais. O cenário mudou muito nos últimos anos. Hoje dinheiro é necessário mas não é fundamental. Sem dinheiro você também pode ser eleito. Particularmente torço para que a situação se resolva dentro do partido e o PSL consiga se estruturar e a gente faça um grande número de prefeitos.

Você foi o primeiro prefeito eleito do PSL após a posse do presidente Bolsonaro. Na sua campanha usou bastante imagens com ele. Acha que o presidente estará em alta nas eleições municipais?

A nacionalização e o número 17 me ajudaram bastante. Mas numa campanha municipal, principalmente em cidade pequena, o viés ideológico fica em segundo plano. A questão nacional interfere menos que as questões locais. As pessoas estão mais preocupadas com o asfalto da rua dela do que com a reforma da Previdência.

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Um dos desafios do PSL é se estruturar para a eleição de 2020. Essas disputas internas o preocupa quando pensa em uma candidatura à reeleição?

O PSL era um partido minúsculo e, em menos de um ano, tornou-se o maior do Brasil (é a segunda maior bancada do Congresso). Aqui em Mirandópolis a gente teve dificuldades para
organizar o partido para a eleição agora. O indeferimento da candidatura do meu vice (Sodário não tomou posse ainda porque teve que esperar um julgamento do TRE-SP) foi causado porque o PSL não comunicou no prazo correto a Justiça eleitoral da filiação dele ao partido. Ainda está se reorganizando, mas não conseguiu chegar à estruturação que precisa.

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