RIO — O ex-deputado federal Indio da Costa
deixou a prisão neste sábado, após decisão do desembargador federal João Pedro Gebran Neto, da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4)
, na tarde da última quinta-feira, quando lhe concedeu um habeas corpus . Índio estava preso na Cadeia Pública
Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8 , no Complexo de Gericinó , na Zona Oeste, desde a última quarta-feira. O oficial de justiça chegou ao local por volta das 12h com o mandado de soltura.
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Ele foi preso no último dia 6, por decisão da Justiça Federal de Santa Catarina , acusado de envolvimento em um esquema nos Correios. A investigação corre em sigilo.
Indio é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) em Santa Catarina de ter recebido R$ 30 mil por mês entre 2016 e 2018 como recompensa pela indicação do superintendente da estatal no Rio, Cleber Isais Machado, que também foi preso na semana passada.
A soltura de Indio está condicionada a uma série de medidas cautelares. Ele deverá pagar fiança de 200 salários mínimos; se apresentar em todos os atos do inquérito e do processo, quando requisitado e manter endereço e telefone atualizados. Em liberdade, ele está proibido de deixar o país, frequentar dependências dos Correios e de se comunicar com outros investigados.
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Indio e Cleber Isaias Machado tinham sido transferidos na noite de terça-feira do presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio, para a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste.
Relator da Lei da Ficha Limpa
e candidato à vice-presidente em 2010, na chapa derrotada de José Serra (PSDB), Indio foi alvo da Operação Post Off, deflagrada para apurar fraudes de pelo menos R$ 13 milhões nos Correios. Indio ficou detido na ala de presos da Operação Lava-Jato, ao lado da cela do ex-governador Sérgio Cabral, segundo uma fonte na Secretaria de Estado de Administração Penitenciária
(Seap).