Flávio Bolsonaro visita o pai Jair no hospital após cirurgia
Reprodução/Twitter Jair Bolsonaro
Flávio Bolsonaro visita o pai Jair no hospital após cirurgia

Um dia após a suspensão da alimentação oral, o presidente Jair Bolsonaro começou a apresentar melhora . Se não ocorrer nenhuma novidade, o planejamento da Presidência é de que ele reassuma o cargo nesta sexta-feira (13).

De acordo com os médicos que o acompanham, o presidente continua se alimentando por via endovenosa e uma sonda, introduzida pelo seu nariz, retira ar e secreções do seu estômago para incentivar a retomada dos movimentos intestinais. Nesta manhã, também foi efetuada a troca do curativo da incisão realizada na cirurgia e  Bolsonaro caminhou 600 metros pelos corredores do hospital.

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O médico Antônio Luiz Macedo classificou a mudança na dieta, que antes era líquida, e a introdução da nutrição diretamente em uma veia sanguínea como um procedimento comum após uma cirurgia como a de Bolsonaro.

Segundo especialistas, a reação natural do intestino após ser manipulado, como ocorreu durante a operação, é ficar paralisado. Em conjunto com a ingestão de ar, esse estado gera uma distensão abdominal. O objetivo da sonda nasogástrica é drenar o ar e as secreções acumuladas no estômago e no intestino que não são evacuadas em razão dessa paralisia no intestino, chamada de íleo paralítico.

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O planejamento, segundo o médico do presidente, Antônio Luiz Macedo, é de que a sonda seja retirada ainda nesta quinta-feira ou na manhã de sexta-feira, quando o presidente deve reassumir a presidência. Após a retirada, a dieta à base de água, chá, gelatina e caldo ralo deverá ser retomada por até dois dias e, posteriormente, substituída por uma dieta cremosa. No domingo, após a cirurgia, os médicos estimaram a liberação para que o presidente voltasse a Brasília entre sete e dez dias.

"A sonda drenou bastante ar e líquido ontem mas, da noite para hoje parou a drenagem, o que significa que o intestino retomou essa movimentação. Em qualquer laparotomia, o intestino inflama um pouco e, após 48, 72 horas, dê uma paralisada", afirmou Macedo. 

Segundo ele, ainda não haja estimativa para que o presidente seja liberado para viajar para Brasília. De qualquer forma, de acordo com o porta-voz Otávio Rêgo Barros, a expectativa é de que Bolsonaro reassuma a Presidência, mesmo do hospital, a partir dessa sexta-feira. O documento que passou o cargo interinamente a Mourão previa a devolução do cargo automaticamente assim que o período de cinco dias acabasse.

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"Há uma avaliação continuada da equipe médica. O planejamento continua o mesmo. O presidente assumirá a partir de amanhã a Presidência ", disse Barros.

O hospital Vila Nova Star separou uma ala no oitavo andar do prédio apenas para o Presidente, sua equipe e familiares. A primeira-dama Michelle Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro permanecem no hospital. A ala conta com uma conexão direta com o Palácio do Planalto.

Nesta quarta-feira, o presidente tomou a decisão, do hospital, de demitir o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, após a divulgação dos planos da equipe econômica de propor a cobrança de um imposto sobre movimentações financeiras com funcionamento similar ao da antiga CPMF. Rêgo Barros, no entanto, não quis explicar como o presidente tomou essa decisão.

"O presidente acompanha por seu assessores eventos de importância primordial", disse o porta-voz.

No Twitter, Bolsonaro agradeceu aos médicos que cuidaram dele.

De acordo com o médico Antônio Luiz Macedo, o presidente não apresentou nenhum sinal de estresse após a decisão.

"Não o senti estressado. Esta calmo, tranquilo, com frequência cardíaca baixa. Ele está tranquilo, caminhou bastante no corredor. Não senti nenhum estresse que possa prejudicar a operação" disse Macedo.

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Segundo o porta-voz, a viagem para Nova York, onde Bolsonaro fará o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, continua mantida.

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