Justiça bloqueia bens de Paulo Preto, apontado como operador de propina do PSDB
Geraldo Magela/Agência Senado - 29.8.12
Justiça bloqueia bens de Paulo Preto, apontado como operador de propina do PSDB

A Justiça Federal de São Paulo determinou o bloqueio de dois imóveis e uma lancha de Paulo Vieira de Souza, mais conhecido como Paulo Preto, suspeito de ser operador de propina para políticos do PSDB. A decisão é do juiz Diego Paes Moreira, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo. Foram bloqueados uma mansão em Iporanga, no Guarujá, um apartamento no condomínio Marina VI, em Ubatuba, ambos em São Paulo, e a lancha Giprita III.

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Os bens estavam registrado em nome da empresa P3T, criada em 2014 por Paulo Preto , que foi condenado a mais de 170 anos de prisão por crimes como peculato (desvio de dinheiro público) e formação de cartel nas obras do trecho sul do Rodoanel e do Sistema Viário Paulistano. O Ministério Público Federal afirma que os bens estavam em nome da empresa como forma de blindar o patrimônio .

A P3T Empreendimentos nunca emitiu uma nota fiscal ou empregou algum funcionário . Em dezembro de 2014 foram transferidos pelo réu e sua mulher vários bens que estavam em nome do casal, no valor de R$ 3,8 milhões, correspondente ao capital social da empresa.

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Em fevereiro de 2015 as cotas da empresa foram doadas às filhas do casal e, em contrato, estabeleceu que as filhas não poderiam vender os bens da empresa enquanto os pais fossem vivos. A mansão do Guarujá chegou a ser indicada como um dos domicílios de Souza durante audiência e o MPF argumentou que os bens continuavam sendo administrados e aproveitados pelo réu, que agora está preso.

O juiz afirmou em sua decisão que a medida é necessária para assegurar a reparação dos danos causados no período em que Paulo Preto esteve à frente da Dersa, a estatal paulista responsável por obras rodoviárias. Souza teria amealhado pelo menos R$ 27 milhões, sem correção dos valores, no período em que atuou na empresa.

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