Alvo de 14 investigações, Renan Calheiros (MDB-AL) pode reassumir presidência do Senado
Edilson Rodrigues/Agência Senado - 21.6.18
Alvo de 14 investigações, Renan Calheiros (MDB-AL) pode reassumir presidência do Senado

senador Renan Calheiros (MDB-AL) recorreu às redes sociais nesta segunda-feira (21) para garantir que não pretende ser presidente do Senado, função que ele exerceu já em três ocasiões.

"Olha, não quero ser presidente do Senado. Os alagoanos me reelegeram para ser bom senador, não presidente. Já fui várias vezes, em momentos também difíceis. A decisão caberá à bancada, e temos outros nomes", escreveu Renan Calheiros .

A manifestação do senador se dá num momento em que sua possível candidatura é contestada por grupos da sociedade civil. Nesse domingo (20), manifestantes vestidos de verde e amarelo levaram cartazes e faixas para a Avenida Paulista, no centro de São Paulo, para protestar contra Renan à frente do Senado.

Já na Justiça, o MBL (Movimento Brasil Livre) ingressou com ação popular no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar impedir que Renan concorra à presidência do Senado , sob o argumento de que o emedebista "não tem idoneidade e reputação ilibada", uma vez que é alvo de 14 investigações.

Plantonista no STF durante o período de recesso, o vice-presidente da Corte, ministro Luiz Fux, decidiu encaminhar a ação para a primeira instância da Justiça Federal em Brasília, considerando que não compete ao Supremo opinar quanto ao assunto.

Fux assumiu o plantão no STF no lugar do presidente Dias Toffoli, que, antes de passar o bastão, proferiu decisão que, na teoria, beneficiaria a possível candidatura de Renan no Senado. O ministro determinou que a votação para a presidência da Casa seja realizada com voto secreto , o que facilita eventual vitória de Renan, já que senadores alinhados com o novo governo de Jair Bolsonaro (PSL) poderiam se sentir intimidados caso a votação fosse aberta.

Leia também: Renan Calheiros ameaça entrar com ação contra Deltan Dallagnol

Embora Renan Calheiros negue a intenção de concorrer à presidência do Senado, parlamentares veem nele um nome forte para a disputa, que deve contar ainda com nomes como o do recém-eleito Major Olímpio (PSL-SP), de Tasso Jereissati (PSDB-CE) e de Simone Tebet (MDB-MS). A votação está agendada para o início da nova legislatura, em fevereiro.

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