Pagamentos ilícitos apurados pela Operação Capitu eram feitos pela JBS, dos irmãos Wesley e Joesley Batista
Cleia Viana/Câmara dos Deputados - 28.11.17
Pagamentos ilícitos apurados pela Operação Capitu eram feitos pela JBS, dos irmãos Wesley e Joesley Batista

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta sexta-feira (9), mandados prisão contra o vice-governador de Minas Gerais, Antonio Andrade (MDB), e os executivos da JBS Joesley Batista, Ricardo Saud e Demilton de Castro, em mais um desdobramento da Operação Lava Jato, denominado de Operação Capitu.

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As investigações desta operação apuram a respeito de um complexo esquema de corrupção e pagamento de propina quando Andrade era ministro da Agricultura no governo da presidente Dilma Rousseff. Os pagamentos ilícitos eram feitos pela JBS, dos irmãos Wesley e Joesley Batista .

Segundo as investigações, empresas doavam dinheiro para políticos e partidos. Duas grandes redes varejistas de Minas Gerais também atuavam no esquema, por meio de seus controladores e diretores. Esse desdobramento da Lava Jato  é baseado na delação de Lúcio Funaro, apontado como operador do MDB. 

Também foram presos nesta operação o deputado estadual João Magalhães (MG) e o deputado federal eleito Neri Geller (PP-MT), que foi ministro da Agricultura de março a dezembro de 2014.

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Informações preliminares indicam que os policiais federais deflagraram os mandados em Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Mato Grosso. No total, são 62 mandados de busca e apreensão, dos quais 26 apenas na capital mineira. Joesley Batista e Ricardo Saud foram presos em São Paulo. 

Em 2017, durante delação premiada à Procuradoria-Geral da República (PGR), o empresário Joesley havia revelado que atuou com o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) e Lúcio Funaro em esquema de corrupção no Ministério da Agricultura para favorecer as empresas.

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Joesley Batista  foi preso em setembro do ano passado após a PGR rescindir o acordo de delação premiada firmado com o executivo. Três dias depois, um novo mandado de prisão contra o empresário foi expedido, pela prática de "insider trading", ou seja, usar informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro. Ele deixou a prisão no mês de março.

* Com informações da Agência Brasil.

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