Pesquisa Ibope mostra candidatos Jair Bolsonaro e Fernando Haddad no segundo turno
iG Arte/Agência Brasil
Pesquisa Ibope mostra candidatos Jair Bolsonaro e Fernando Haddad no segundo turno

O quadro PT vs antipetismo, presente nas disputas presidenciais desde pelo menos 2006, começa a se delinear com mais clareza. Como nas eleições anteriores, o eleitorado com menos renda e que vive fora do sul e do sudestes se concentra em torno de Fernando Haddad (PT), enquanto os mais escolarizados e mais ricos optam por seu antagonista, Jair Bolsonaro (PSL). Os dados são da mais recente pesquisa divulgada pelo Ibope.

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Haddad cresceu, em seis dias, 17% entre os eleitores que ganham até um salário mínimo. Ele lidera, ainda, no Nordeste, alcançando 31% das intenções de voto – um crescimento de 18% nos mesmos seis dias.

Bolsonaro, por sua vez, cresceu seis pontos entre os mais ricos. Se a eleição fosse decidida pelo grupo dos que ganham mais de R$ 5 mil mensais, o deputado federal venceria com 41%. Na região Sul do país, ele é apontado como candidato preferido por 38% dos entrevistados.

Realizadas entre os dias 16 e 18 de setembro, as entrevistas do Ibope constataram, ainda, que o candidato petista triplicou seus votos entre negros, católicos e pardos. Entre os homens, o ex-prefeito de São Paulo dobrou de preferência, atingindo 18% - ante 36% de Bolsonaro. Já entre as mulheres, configura-se um empate técnico: 19% apoiam o PT, 20% estão com o PSL.

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Também entre os mais jovens cresceu o PT. Na faixa dos 16 aos 24 anos, a crescente foi de 7% a 18% - Bolsonaro manteve a preferência dos 28% que já demonstrava na pesquisa anterior. Entre os adultos de 35 a 44 anos, o petista também cresceu: de 8% para 20%. O capitão reformado subiu, porém mais timidamente: de 24%, saltou para 30%.

Mas não só os jovens estão prestando mais atenção à candidatura petista. Os eleitores com 55 anos ou mais do indicado de Lula triplicaram, chegando a 18%. Bolsonaro decresceu de 26% para 24%.

O Ibope perguntou aos eleitores, também, em quem pretendem votar em diferentes cenários de segundo turno. No caso mais provável, isto é, entre Haddad e Bolsonaro, ocorre um empate técnico: os dois somam 40% das intenções de votos gerais.

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