Adelio Bispo de Oliveira confessou ter atacado o candidato à Presidência pelo PSL Jair Bolsonaro
POLÍCIA MILITAR / DIVULGAÇÃO
Adelio Bispo de Oliveira confessou ter atacado o candidato à Presidência pelo PSL Jair Bolsonaro

O agressor confesso do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), Adelio Bispo de Oliveira , vai passar pro uma avaliação da saúde mental. O juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, autorizou nesta quarta-feira (19) que um psiquiatra indicado pela defesa faça a avaliação.

Segundo a decisão magistrado, o laudo do médico particular poderá servir para a defesa de Adelio Bispo de Oliveira entrar com um novo pedido de “instauração de incidente de insanidade”. O exame médico-legal do investigado está previsto no Código de Processo Penal.

Savino havia negado um primeiro pedido de instauração de incidente de insanidade, por ter avaliado que não existiam nos autos indícios da alegada insanidade do investigado. Por isso, foi facultada à defesa a apresentação de laudo médico particular a fim de embasar novo requerimento de instauração de incidente de insanidade.

Quando houve o primeiro pedido de incidente de insanidade, o Ministério Público Federal (MPF) se manifestou pelo indeferimento. “Como ressaltado pelo MPF, não há laudos, declarações, recibos de honorários ou qualquer outro documento idôneo. Sequer há menção a nomes de profissionais envolvidos ou locais do alegado tratamento”, afirmou o juiz, na ocasião.

Com a nova decisão, um ofício foi encaminhado pela Justiça à direção da Penitenciária Federal em Campo Grande, onde Adelio está preso. O objetivo é que seja agendado dia e horário para a realização da consulta psiquiátrica pelo médico indicado pela defesa.

Investigação contra Adelio Bispo de Oliveira

Candidato do PSL recebeu uma facada de Adélio Bispo de Oliveira durante ato de campanha no último dia 6
Reprodução/Twitter
Candidato do PSL recebeu uma facada de Adélio Bispo de Oliveira durante ato de campanha no último dia 6

Na terça-feira (18), ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta que a Polícia Federal deve concluir ainda nesta semana o primeiro inquérito sobre o ataque a faca contra Bolsonaro. Segundo Jungmann, nenhuma hipótese foi descartada até o momento e a possibilidade de o autor do ataque ter recebido ajuda pode ainda levar à abertura de uma nova investigação.

“Não se descarta qualquer tipo, qualquer hipótese”, afirmou Raul Jungmann ao ser questionado sobre a possibilidade de coautoria no crime. “Se necessário, abriremos uma segunda investigação, um segundo inquérito, para apurar todo e qualquer indício. Se qualquer possiblidade de coautoria existir, evidentemente que vamos trazer a conhecimento de toda a sociedade”, completou.

O ministro, no entanto, não entrou em detalhes das investigações, afirmando apenas que “tudo isso tem que ser investigado, recursos, dinheiro na conta". "Temos que dar uma resposta à opinião pública para que não paire nenhuma suspeita”, acrescentou.

Vítima de atentado cometido durante ato de sua campanha em Juiz de Fora (MG), Jair Bolsonaro nesta quarta-feira alimentação líquida por via oral, com boa tolerância, mantendo também a nutrição endovenosa, segundo boletim médico divulgado nesta tarde pelo Hospital Israelita Albert Einstein, onde ele está internado desde o último dia 7.

Bolsonaro, atualmente tratado em unidade semi-intensiva , continua sem febre nem outros sinais de infecção. Ele está realizando exercícios respiratórios e caminhadas.

O candidato do PSL recebeu uma facada de Adelio Bispo de Oliveira durante ato de campanha no último dia 6, em Juiz de Fora (MG). Após ter sido atendido na Santa Casa da cidade, onde chegou a passar por uma cirurgia, ele foi transferido, a pedido da família, para o Hospital Albert Einstein, na capital paulista, na manhã do dia 7.

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