Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência da República
Reprodução
Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência da República

Gradualmente, Ciro Gomes, candidato à presidência da República pelo PDT, vai subindo o tom de seu discurso. O ex-governador cearense, que já havia taxado Bolsonaro de “projeto de hitlerzinho tropical”, disse, em sabatina realizada pelo jornal O Globo nesta quarta (12), que, em caso de vitória do capitão reformado, irá se retirar da atividade política.

Leia também: Ibope: Bolsonaro (26%); Ciro (11%), Marina (9%), Alckmin (9%) e Haddad (8%)

"(Se Bolsonaro ganhar) Eu vou desejar boa sorte a ele, cumprimentá-lo pelo privilégio e depois eu vou chorar com a minha mãe. Eu saio da política. A minha razão de estar na política é amor, paixão, confiança. Se nosso povo por maioria não corresponder, vou chorar”, declarou Ciro Gomes.

O candidato desferiu críticas também ao candidato a vice na chapa de Bolsonaro, o general reformado do Exército Hamilton Mourão. Para o pedetista, Mourão não passa de um “jumento de carga”.

"O general Mourão é um jumento de carga, que tem entrada no Exército. Quem manda nesse País é nosso povo. Tutela, sargentão dizendo que vai fazer isso e aquilo, comigo não acontecerá. Sob a ordem da Constituição, eu mando e eles obedecem. Quero as Força Armadas poderosas, modernas, altivas. Não quero envolvidas no enfrentamento do narcotráfico, isso é papo de americano", afirmou.

Leia também: Ciro fala sobre ‘desequilíbrios’ da Lava Jato, SPC e Lula em entrevista ao JN

O ex-ministro de Lula aproveitou a sabatina para avaliar, ainda, a recente declaração do general do Exército, Eduardo Villas Bôas. O general disse que o próximo governante poderá ter sua “legitimidade contestada” em decorrência do ataque à Jair Bolsonaro.

"No meu governo, militar não fala em política. Se fosse no meu governo, ele estaria demitido e provavelmente pagaria uma cana. Eu conheço bem o general Villas Bôas. Ele está fazendo isso para tentar calar as vozes das cadelas no cio que estão se animando, o lado fascista da sociedade brasileira", garantiu.

Por fim, o candidato comentou também a possibilidade de se aliar à Fernando Haddad em um possível segundo turno contra Bolsonaro. O pedetista afirmou que não é “inimigo” do PT ou de Haddad, mas sim do “projeto Temer/PSDB”.

"Meu inimigo é o projeto Temer, que é replicado pelo PSDB e pelo Bolsonaro, um projeto antipobre. Meu problema com o PT é o risco com que tem exposto o País de dançar à beira do abismo", concluiu Ciro .

Leia também: Para Ciro Gomes, eleger Bolsonaro seria “suicídio coletivo"

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!