Marina Silva defendeu rever o teto de gastos da União
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Marina Silva defendeu rever o teto de gastos da União

Para a candidata à presidência da República Marina Silva (Rede), é preciso rever a emenda constitucional aprovada em 2017, que cria um teto, por 20 anos, para os gastos públicos.

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Na avaliação da ambientalista, a manutenção do patamar de investimentos significa também manter os serviços públicos no mesmo nível que estão atualmente. “Nós vamos discutir para que o Brasil não tenha que ficar com a educação que tem, a saúde que tem, a menos que você advogue para que ela continue do mesmo jeito. Os brasileiros não querem que o orçamento público não invista mais em educação, saúde e segurança pública por 20 anos”, enfatizou Marina Silva .

A candidata foi a segunda a participar de diálogos com presidenciáveis promovidos pelo Movimento Todos Pela Educação, organização suprapartidária e sem fins lucrativos. O evento vai até a próxima quarta-feira (15), quando os candidatos irão debater sobre o ensino no Brasil, focado na educação básica. 

Por enquanto, quatro dos 13 candidatos confirmaram presença.  Na terça (14), será a vez do candidato a vice-presidente na chapa do PT, Fernando Haddad . O candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, participa dos debates na quarta-feira (15). 

A série de diálogos teve início na última sexta-feira (10), na capital paulista, com o candidato Ciro Gomes (PDT). Na ocasião, Ciro criticou o sistema atual de ensino, que, na sua opinião leva à chamada “decoreba” e listou as medidas que considera essenciais para aperfeiçoar o sistema educacional no país. “[O formato atual] faz com que a escola seja muito ‘careta’, com pouca capacidade de reter, atrair o aluno, e isso vai se agravando na proporção com que a idade sobe", disse.

Para Marina, os principais serviços públicos oferecidos pelo Estado brasileiro, incluindo a educação, estão aquém do necessário, por isso a necessidade de retomar os investimentos.

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A candidata reforçou, entretanto, o compromisso em controlar os gastos estatais.  “Você ter responsabilidade fiscal não significa que isso tenha que ser feito com prejuízo à vida dos brasileiros na dimensão em que estão propondo”.

Ela destacou a importância de ensino superior e o ensino básico fazerem parte de um único sistema, não como concorrentes na escala de prioridades. “Quem coloca essas pessoas para darem boas aulas são as universidades. Se elas não estão devidamente integradas no tripé da formação, da pesquisa e da extensão, a gente vai ter o processo empobrecido”, ressaltou.

“A gente precisa criar uma equação onde haja um processo de retroalimentação entre a base da pirâmide e o topo, que é quando se chega ao ensino superior”, acrescentou.

Marina Silva ponderou que é preciso ter atenção à qualidade das formações. “Obviamente, nós vamos ter que trabalhar a qualidade, uma boa parte dos problemas que temos hoje na formação dos professores tem a ver com as políticas, de escolas que foram virando verdadeiras indústrias sem a devida qualidade em prejuízo da formação dos que mais necessitam”, concluiu.

* Com informações da Agência Brasil

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