Jorge Picciani (MDB), ex-presidente da Assembleia Legislativa do RJ, é suspeito de ser um dos mandantes da morte de Marielle Franco (PSOL)
Reprodução/TV Globo
Jorge Picciani (MDB), ex-presidente da Assembleia Legislativa do RJ, é suspeito de ser um dos mandantes da morte de Marielle Franco (PSOL)

Ex-policiais, milicianos e um vereador carioca, Marcello Siciliano (PHS), já foram apontados pelos investigadores do assassinato de Marielle Franco (PSOL) e Aderson Gomes como possíveis mandantes e executores do crime. Surgiram novos indícios, contudo, de que escalões mais altos estariam também envolvidos na morte da vereadora.

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Os deputados estaduais do Rio de Janeiro Paulo Mello, Edson Albertassi e Jorge Picciani, este ex-presidente da Câmara, todos do MDB, estão sendo investigados pela Polícia Civil por supostamente estarem por trás da ordem de execução de Marielle .

Presos desde novembro de 2017 por casos de corrupção envolvendo uma máfia de empresas de ônibus na capital fluminense, Picciani , Mello e Albertassi teriam agido, de acordo com esta linha de investigação, para se vingar do PSOL, partido que há anos combate a liderança emedebista no estado e que foi um dos principais responsáveis por levá-los à prisão.

A intenção, neste caso, seria atingir Marcelo Freixo (PSOL), deputado estadual e padrinho político da vereadora assassinada em 14 de março deste ano.

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Foi o próprio Freixo quem relatou, à revista Veja , que os delegados trabalham com a hipótese de que os deputados do MDB estariam envolvidos no crime. Cinco meses após o assassinato da psolista, a polícia ainda não conseguiu desvendar sua morte.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, já havia afirmado na quarta (8) que  a "complexidade" em torno da morte da vereadora e do motorista que estava com ela Anderson Pedro Gomes, se dá pois  "envolve agentes do Estado".

Jungmann pediu paciência para as apurações e disse estar confiante que os responsáveis pela morte de Marielle serão punidos. "Você tem a necessidade de estabelecer a autoria, digamos assim, intelectual [do crime], obter e coligir provas pra isso. Então essa é a dificuldade que se tem. Já foram citados políticos, já foram citados membros de milícias e agente públicos também. Apenas o que dificulta é a necessidade de você fazer a comprovação de tudo isso. Mas vai chegar a hora da justiça e eu tenho certeza que nós vamos punir os responsáveis pela morte da Marielle ”, disse.

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