Rrosário entregue a Lula foi apenas “abençoado” pelo papa e não um presente direto do pontífice
Claudio Kbene
Rrosário entregue a Lula foi apenas “abençoado” pelo papa e não um presente direto do pontífice

A assessoria de comunicação do Vaticano esclareceu nesta terça-feira (12), por meio de nota, que a tentativa de visita do argentino Juan Gabrois, consultor do Pontifício Conselho Justiça e Paz, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era pessoal e não em nome do Papa Francisco.

Por meio do site Vatican News foi informado ainda que o rosário entregue a Lula  era “abençoado” pelo papa e não um presente direto do pontífice. O  rosário foi entregue na segunda-feira (11) na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde o petista está preso desde o dia 7 de abril.

Após ser impedido de visitar o ex-presidente, Gabrois afirmou em espanhol, durante entrevista coletiva na porta da PF, que o rosário havia sido abençoado pelo papa. No entanto, na tradução simultânea da entrevista, um assessor do PT repassou aos jornalistas que o rosário havia sido "um presente do papa". Na ocasião, Grabois não corrigiu nem concordou com a declaração.

Segundo o argentino, ele foi impedido de visitar o petista por não ser “um líder religioso”. "Me surpreende que o argumento das autoridades tenha finalidade teológica. Pela doutrina católica, todos nós, batizados, somos discípulos e missionários e temos uma missão a cumprir", afirmou Gabrois.

No site do ex-presidente, a chamada sobre a entrega do rosário foi atualizada para “Lula recebe Rosário abençoado pelo Papa Francisco”. Também houve atualização da postagem no Facebook. Já no Twitter, que não permite a edição das postagens, a ideia de que foi o papa que enviou o rosário permanece.

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Leia a íntegra da nota do Vaticano 

O advogado argentino Juan Gabrois, fundador do Movimento dos trabalhadores excluídos e consultor do Pontifício Conselho Justiça e Paz, deu uma entrevista em sua tentativa de visitar o ex-presidente Lula na prisão de Curitiba, onde está detido há mais de dois anos meses. Grabois disse que a visita era pessoal e não em nome do Santo Padre. Ele não teve a permissão para se encontrar com Lula.

Na entrevista, ele nunca declarou que foi o Papa a enviar o Terço, mas simplesmente que se tratava de um Terço que tinha sido "abençoado" pelo Papa. Terços como esse são levados, como o Santo Padre deseja, a tantos prisioneiros do mundo sem entrar no mérito de realidades particulares.

Condenação

O ex-presidente está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre sua pena de 12 anos e um mês imposta pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal da capital paranaense.

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Lula  foi preso após ter sua condenação confirmada pela segunda instância , de acordo com entendimento atual do Supremo Tribunal Federal (STF), que permite o cumprimento de pena mesmo que ainda reste a possibilidade de recurso a instâncias superiores.

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