Grace Mendonça, Raul Jungmann e Sérgio Etchegoyen falam sobre o fim da greve dos caminhoneiros
Antonio Cruz/Agência Brasil - 30.5.18
Grace Mendonça, Raul Jungmann e Sérgio Etchegoyen falam sobre o fim da greve dos caminhoneiros

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou nesta quarta-feira (30) que o governo disponibilizará uma central telefônica para receber denúncias de "violência política" contra caminhoneiros que tentam deixar mobilizações da categoria.

Após ceder às reivindicações dos caminhoneiros e firmar um acordo pelo fim da greve que causou desabastecimento em todo o País, o governo agora tem concentrado suas ações no combate aos grupos de "infiltrados" que, segundo ministros, "pegaram carona" na mobilização dos caminhoneiros. É para identificar esses grupos que o canal de denúncias será lançado.

"Estamos assistindo a um espetáculo degradante de covardia daqueles que querem impedir os caminhoneiros de realizar o seu trabalho. Vamos acabar com esse constrangimento e acabar com essa forma covarde de agredir aqueles que querem simplesmente trabalhar", disse Jungmann, que informou ainda que já foram abertos 52 inquéritos pela Polícia Federal para apurar crimes durante a greve de caminhoneiros .

De acordo com o ministro, a central a ser lançada pelo governo visa receber fotos, vídeos e informações que levem à identificação dos responsáveis por atos de "violência política" contra os caminhoneiros que são coagidos a continuar bloqueando rodovias. Segundo Jungmann, as informações serão para as polícias militares, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Federal e o Exército.

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Todos contra os infiltrados na mobilização de caminhoneiros

O chefe do Gabinete de Segurança Institutcional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, e a advogada-geral da União, Grace Mendonça, também condenaram a ação de grupos infiltrados.

O ministro Etchegoyen garantiu que o governo vai "atuar com a energia que se fizer necessária" e chegou a ponderar que "a violência será empregada quando houver o uso da violência". 

"Não temos mais um movimento de caminhoneiros. O que nós vemos agora é o uso da violência contra os caminhoneiros. Ultrapassamos todos os limites da civilidade, da negociação. As aspirações dos caminhoneiros foram atendidas, as lideranças pediram o retorno à normalidade e o que nós temos ainda é o uso da violência como argumento. O uso da violência não pode estar disponível como forma de pressão de movimentos trabalhistas nem como forma de atuação política", disse o general.

"Temos vislumbrado nos últimos dias cenas que não encontram qualquer amparo no Estado Democrático de Direito. Não estamos mais diante de ações de natureza reivindicatória. O presidente Michel Temer já ouviu e acolheu a todos os pleitos. O que assistimos agora são ações antidemocráticas que merecem uma ação firme do estado", corroborou Grace Mendonça. 

Além da criação do canal de denúncias , Jungmann também anunciou hoje que o presidente Michel Temer assinará uma medida provisória que permite o governo a comprar horas de folga de policiais rodoviários federais para reforçar o policiamento nas rodovias com mais 2 mil agentes.

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