Segundo a PF, as ações estão relacionadas com as investigações conduzidas no âmbito da 47ª fase da Lava Jato
Alex de Jesus
Segundo a PF, as ações estão relacionadas com as investigações conduzidas no âmbito da 47ª fase da Lava Jato

Desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (23), agentes da Polícia Federal (PF) se dedicam a deflagrar a 50ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Sothis II.

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Para tanto, os policiais federais cumprem três mandados de busca e apreensão da Lava Jato em endereços localizados nas cidades de Salvador, na Bahia, e Campinas e Paulínia, em São Paulo. 

De acordo com a PF, as ações estão relacionadas com as investigações conduzidas no âmbito da 47ª fase da Lava Jato, que apura o “pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos e atos de lavagem subsequentes em contratos da Transpetro, subsidiária da Petrobras.

Os mandados judiciais foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba.

A Operação Sothis, na 47ª fase da Lava Jato , realizada em novembro do ano passado, teve como alvo foi um ex-gerente da Transpetro e seus familiares.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), um dos focos das investigações é a empresa do ramo de engenharia Meta Manutenção e Instalações Industriais Ltda. Ela é suspeita de pagar mais de R$ 2,3 milhões em propina para o ex-gerente da Transpetro, José Antônio de Jesus, preso na Sothis I.

A investigação da 47ª fase

O ponto de partida das investigações foi a delação premiada dos executivos da empresa de engenharia investigada. Então, a partir disso, foram realizadas diversas diligências, como afastamento de sigilos bancário, fiscal, telemático e de registros telefônicos, que acabaram revelando a existência de vínculos próximos entre os investigados e corroboraram os ilícitos narrados pelos colaboradores.

As provas indicavam que José Antônio de Jesus recebeu suborno para favorecer a empresa de engenharia em contratos com a Transpetro. Para dissimular e ocultar a origem ilícita dos recursos, o valor foi pago por meio de depósitos realizados em contas bancárias de terceiros e familiares do ex-gerente, que vinha de contas da empresa de engenharia ou de seus sócios. 

Ele teria pedido, inicialmente, o pagamento de 1% do valor dos contratos da empresa com a Transpetro como propina, contudo, o acerto final ficou em 0,5%.

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De acordo com as investigações da Lava Jato, este valor era pago mensalmente em benefício do PT, de modo independente dos pagamentos feitos pela mesma empresa a pedido da presidência da Transpetro, e que eram redirecionados ao PMDB. O ex-gerente se desligou da subsidiária da Petrobras recentemente.

* Com informações da Agência Brasil.

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