Depoimento do ex-presidente Lula na Operação Zelotes estava previsto para o próximo dia 20 em Brasília
Marcos Oliveira/Agência Senado - 29.8.16
Depoimento do ex-presidente Lula na Operação Zelotes estava previsto para o próximo dia 20 em Brasília

O desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e suspendeu nesta quinta-feira (15) o  depoimento do petista estava marcado para o próximo dia 20 em Brasília.

O juiz da 10ª Vara da Justiça Federal, Vallisney de Souza, já determinou o cumprimento da suspensão. No entanto, não marcou uma nova data para os depoimentos. Os interrogatórios de Lula e de seu filho Luiz Cláudio fazem parte da ação penal na qual ambos são réus na Operação Zelotes, da Polícia Federal (PF).

Na denúncia aceita no fim de 2016, o Ministério Público Federal (MPF) acusou o ex-presidente e o filho pelos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa, sob a acusação de integrarem um esquema que vendia a promessa de interferências no governo federal para beneficiar empresas.

Segundo a denúncia feita pelo  MPF  e aceita no fim de 2016, as investigações constataram que o ex-presidente, seu filho Luís Cláudio e os consultores Mauro Marcondes e Cristina Mautoni atuaram em negociações irregulares no contrato de compra dos caças suecos Gripen e também em uma medida provisória para prorrogar os incentivos fiscais para montadoras de automóveis. De acordo com o MPF, Luís Cláudio teria recebido R$ 2,5 milhões da empresa dos consultores.

Leia também: Desembargador nega pedido de Palocci para ser ouvido no TRF-4

Nesta ação, o ex-presidente é acusado dos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A Justiça Federal apura a suspeita de que o petista e seu filho Luís Cláudio “integraram um esquema que vendia a promessa” de interferências no governo federal para beneficiar empresas.

Na época, a defesa do  ex-presidente  rebateu as acusações, afirmado que os réus não participaram ou tiveram conhecimento dos atos de compra dos caças suecos e que acusá-los de ter interferido no processo significa “atacar e colocar em xeque as Forças Armadas e todas as autoridades que acolheram o parecer emitido por seus membros”.

Além do ex-presidente  e seu filho, são réus neste processo os consultores Mauro Marcondes Machado e Cristina Mautoni, donos da Marcondes e Mautoni Empreendimentos, empresa que representava os interesses do Grupo Caoa (distribuidor brasileiro das marcas Subaru e Hyundai) e da MMC Automotores (Mitsubishi do Brasil).

Leia também: PGR defende prisão de Cabral longe do Rio para evitar "interferência perniciosa"

Defesa

A defesa do ex-presidente sustenta que Lula e seu filho não participaram ou tiveram conhecimento dos atos de compra dos caças suecos. Segundo os advogados, a investigação tramitou no Ministério Público de forma oculta e sem acesso à defesa.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!