Michel Temer durante cerimônia de abertura do 22º Encontro Anual da Indústria Química em São Paulo
Alan Santos/PR - 8.12.17
Michel Temer durante cerimônia de abertura do 22º Encontro Anual da Indústria Química em São Paulo

O presidente Michel Temer confirmou nesta sexta-feira (8) que a votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados está marcada para os dias 18 e 19, na semana que antecede o início do recesso parlamentar. Otimista quanto à aprovação na Câmara, o peemedebista disse esperar que as mudanças nas regras para o acesso à aposentadoria já possam ser analisadas pelo Senado em fevereiro, mês que se inicia o novo ano legislativo.

Durante evento realizado na capital paulista, Temer reclamou de 'memes' sobre a proposta de reforma da Previdência  e evitou falar sobre a estimativa de votos para a votação na Câmara. O governo tem mobilizado esforços em diversas frentes para buscar apoio à proposta , considerada fundamental para o ajuste das contas públicas.

Apesar de o Planalto até o momento não ter garantia de ter alcançado os 308 votos necessários para a aprovação do texto, Temer sugeriu que o clima está favorável para uma vitória governista. “A imprensa está a favor, fazendo campanha a favor”, afirmou. 

“É natural que deputado fique preocupado. Essa história de rede social é um horror. Eles colocam uma [imagem de] caveirinha, [dizendo] acabei de aposentar. Precisamos reestabelecer a verdade”, reclamou o presidente.

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'Impopularidade produtiva'

Temer reafirmou que o pacote de alterações na aposentadoria visa combater distorções na Previdência e privilégios. “Quem hoje combate a reforma é a favor da manutenção dos privilégios. Não há como dizer que [a reforma] atinge os trabalhadores da iniciativa privada e servidores que ganham até R$ 5 mil.”

O presidente disse ainda que segue conselho do marqueteiro Nizan Guanaes para aproveitar sua impopularidade e "fazer tudo de que o Brasil precisa”.

O texto da reforma da Previdência está pronto para ir à votação no plenário da Câmara desde maio, mas teve sua tramitação interrompida por conta do surgimento das denúncias de executivos da JBS contra o presidente Michel Temer.

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*Com reportagem da Agência Brasil

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