Presidente Michel Temer e o governador Geraldo Alckmin: aproximação pode render frutos em 2018
Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
Presidente Michel Temer e o governador Geraldo Alckmin: aproximação pode render frutos em 2018

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), estuda a possibilidade de exonerar dois secretários que detêm mandato como deputados federais para que eles retornem à Câmara nesta semana e ajudem a barrar a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) . A informação foi apurada e divulgada nesta terça-feira (24) pelo jornal O Estado de S. Paulo .

Segundo o periódico, os secretários estaduais Floriano Pesaro (Desenvolvimento Social) e Samuel Moreira (Casa Civil), ambos do PSDB, seriam os enviados de Geraldo Alckmin para ajudar Temer na votação prevista para esta quarta-feira (25) no plenário da Câmara. Ao iG , o secretário Pesaro garantiu que a informação "não é verdade" e que não houve conversas acerca de sua exoneração – ele não comentou o caso do secretário da Casa Civil.

A manobra, caso se confirme, vai tirar da votação os suplentes Roberto Freire (PPS-SP) e Izaque Silva (PSDB-SP). Os dois parlamentares votaram contra o Temer na votação da primeira denúncia oferecida pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot contra o presidente.

Ainda segundo o Estadão , as próprias lideranças da base aliada do governo na Câmara já contam com os votos de Samuel Moreira e de Floriano Pesaro em seus levantamentos informais.

Nessa segunda-feira (23), o vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), afirmou que a base calcula ter entre 260 e 270 votos a favor de Temer. O presidente precisa de apenas 171 votos para conseguir impedir o avanço do processo em que é acusado de cometer crimes de organização criminosa e obstrução à Justiça .

Aceno ao PMDB, de olho em 2018

Alckmin, conforme publicou o jornal paulista, atuou com a ajuda do deputado Silvio Torres (PSDB-SP) para tentar reverter votos de tucanos que já estão no exercício do mandato para ajudar Temer a exorcizar de vez o fantasma da denúncia da PGR. Os gestos do governador visam 'fazer as pazes' de vez com o Palácio do Planalto e com o PMDB, partido que pode ser fundamental para as aspirações de Alckmin em se eleger presidente no ano que vem.

A estratégia de exonerar secretários para enviá-los à Câmara não é exclusiva de  Alckmin. Maior interessado na rejeição da denúncia, o presidente Michel Temer já exonerou um total de oito ministros para apoiá-lo na votação desta quarta-feira. São eles: Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo/PSDB); Leonardo Picciani (Esporte/PMDB); Ronaldo Nogueira (Trabalho/PTB); Sarney Filho (Meio Ambiente/PV); Marx Beltrão (Turismo/PMDB); Maurício Quintella Lessa (Transportes/PR); Mendonça Filho (Educação/DEM) e Bruno Araujo (Cidades/PSDB).

A reportagem do iG não conseguiu contato com o secretário estadual Samuel Moreira e nem com o deputado Silvio Torres. O governo Geraldo Alckmin informou que não comentará o assunto.

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