Após criticar o aumento do IPTU no Rio de Janeiro, Teresa Bergher foi exonerada pelo prefeito Marcelo Crivella
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Após criticar o aumento do IPTU no Rio de Janeiro, Teresa Bergher foi exonerada pelo prefeito Marcelo Crivella

A vereadora Teresa Bergher (PSDB) foi exonerada do cargo de secretária de Assistência Social e Direitos Humanos do município do Rio de Janeiro. A tucana era contra as mudanças nas regras de cobrança do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), encaminhadas à Câmara dos Vereadores pelo prefeito Marcelo Crivella (PRB). Para seu lugar foi indicada a subsecretária Leda de Azevedo.

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Teresa Bergher afirmou, por meio de seu perfil no Facebook, que retorna nesta terça-feira (5) à Câmara dos Vereadores “com a certeza do dever cumprido para votar contra o projeto de lei de aumento do IPTU para os moradores da cidade do Rio de Janeiro ”.

A ideia do prefeito era que a secretária deixasse o cargo e reassumisse o mandato na Câmara Municipal para que votasse a favor do aumento do IPTU e depois retornasse ao cargo. “Esse vai e vem, sair do Executivo, ir para o Legislativo votar o que interessa ao governo é absurdo, antiético e não condiz com o meu perfil”.

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Ainda por meio de sua página na rede social, Teresa Bergher disse que a atual cobrança do IPTU tem distorções que não foram corrigidas no projeto apresentado. “Mergulhamos num estudo profundo e junto com os meus técnicos chegamos à conclusão de que, especialmente num momento de crise, esse aumento irá mexer de forma significativa com o bolso do cidadão”.

Aprovação

O projeto de autoria do prefeito Marcelo Crivella que permite alterações nas regras de cobrança do IPTU foi aprovado em primeira discussão, por 32 votos a favor e 18 contra, no dia 22 de agosto.

O texto deve voltar à Câmara dos Vereadores nesta semana, quando serão votadas as emendas propostas pelos parlamentares. Na próxima etapa, o Executivo municipal precisa de maioria absoluta (mínimo de 26 votos de um total de 50) para aprovar a proposta no segundo turno.

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De acordo com a prefeitura do Rio de Janeiro, dos 1,9 milhão de imóveis cadastrados na cidade, 1,1 milhão não pagam IPTU . As áreas da cidade mais impactadas com o aumento do imposto seriam o centro, a região portuária, Santa Teresa e alguns bairros da zona norte (Rio Comprido e São Cristóvão) e a ilha de Paquetá, com aumento médio de 70%.


* Com informações da Agência Brasil

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