Mudança no nome do partido é defendida principalmente pelo presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR)
Edilson Rodrigues/Agência Senado - 21.6.17
Mudança no nome do partido é defendida principalmente pelo presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR)

Em meio à crise política, o PMDB pretende voltar a adotar seu nome de origem: Movimento Democrático Brasileiro (MDB), sigla que vigorou de 1966 a 1979, durante a ditadura militar. O partido convocou uma Convenção Nacional para 27 de setembro para tratar do assunto.

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A mudança é defendida principalmente pelo presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), quem defende, há algum tempo, que a ideia seja uma boa maneira de modernizar a legenda, já que não faz referência "a partidos políticos". Assim, ele espera que a mudança no nome resulte em dividendos eleitorais. “Estamos resgatando a nossa memória histórica e estamos retirando o último resquício da ditadura dentro do PMDB ”, justificou.

Jucá explicou que a inclusão do “P”, que significa partido, foi uma determinação do regime militar. “Movimento é algo muito mais consentâneo. A gente quer ganhar as ruas, vamos ter uma nova programação, novas bandeiras nacionais e bandeiras regionais”, disse, após acrescentar que um ofício sobre a mudança de nome será enviado nesta quarta-feira (16) ao Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ).

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Ame-o ou Deixe-o

Romero Jucá rebateu as críticas de alguns parlamentares de que a legenda se tornou o partido do ame-o ou deixe-o, frase usada dentro da ditadura. “Eu acho que o partido é plural, discute ideias contraditórias”.

Para o senador, o problema é o estilo agressivo de alguns parlamentares. “Isso não vamos admitir”, avisou.

Parlamentares punidos

Além de suspender por 60 dias das funções partidárias os deputados peemedebistas que votaram a favor da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer, a Executiva do partido levou adiante pedidos de expulsão dos senadores Roberto Requião (PR) e Kátia Abreu (TO). Três requerimentos sobre o assunto foram encaminhados à Comissão de Ética da legenda, que ainda não emitiu parecer.

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Um dos pedidos partiu da Secretaria Nacional da Juventude do PMDB, presidida por Assis Filho. No documento, ele diz que os dois senadores desrespeitaram o estatuto da sigla ao adotar “posições sempre contrárias às diretrizes partidárias”.

* Com informações da Agência Brasil

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