Partidos da oposição entraram com pedido de liminar no STF para alterar rito de votação da denúncia contra Michel Temer
Antonio Augusto/Câmara dos Deputados - 2.8.17
Partidos da oposição entraram com pedido de liminar no STF para alterar rito de votação da denúncia contra Michel Temer

Enquanto a Câmara dos Deputados debate para a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer, internautas fazem campanha no Twitter para pressionar os parlamentares. Na tarde desta quarta-feira (2), a hashtag #InvestiguemTemer chegou ao segundo lugar nos assuntos mais comentados na rede social, ficando apelas atrás do craque Neymar. 

Outros assuntos que também têm relação com a votação da denúncia contra Michel Temer como "Fora Temer" (14,7 mil Tweets), "Rodrigo Maia" (9.973 Tweets) , "Baleia Rossi" e "Wladimir Costa" também chegaram aos Trends do Twitter.

Andamento na Câmara

O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), abriu há pouco nova ordem do dia para discutir e votar o parecer que pede o arquivamento da denúncia contra Temer. Neste momento, os deputados analisam requerimento apresentado pela oposição que pede a retirada do processo de pauta e o adiamento da sessão.

Maia encerrou a primeira sessão extraordinária aberta pela manhã desta quarta-feira (2), após cinco horas, e teve que aguardar  a retomada do quorum mínimo de 257 deputados para iniciar a votação. Pelo regimento da Câmara, a sessão deliberativa pode durar quatro horas, prorrogáveis por mais uma hora. Se não estiver em andamento nenhuma votação, a sessão deve ser encerrada e o presidente deve abrir outra.

Com isso, começou novamente a contagem do quorum do plenário e a oposição apresentou novamente os requerimentos de adiamento da votação. O reinício da sessão estende o tempo para conclusão da votação. Na Câmara, estão presentes 456 deputados, mas no plenário há o registro de 270 presentes.

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A votação da denúncia só ocorrerá com 342 presentes em plenário. Ainda assim, Maia reafirmou que acredita que o processo estará concluído até o fim da tarde ou início da noite.

Enquanto aguardam a retomada do quorum, os parlamentares aproveitam para continuar os discursos em plenário.

“O que nós vamos votar é se é razoável, se é útil ao País afastar o Presidente da República por seis meses neste momento em que o País está entrando nos trilhos. A partir de janeiro de 2019, ele vai responder o devido processo legal. Ninguém aqui está deixando de cumprir e respeitar a Constituição”, disse o líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi.

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Acusação

Michel Temer é acusado pela Procuradoria Geral da República de ter cometido o crime de corrupção passiva. Para que a acusação possa ser investigada pelo Supremo Tribunal Federal, é preciso que a Câmara autorize com pelo menos 342 votos em plenário, o que representa dois terços dos 513 parlamentares da Casa.

* Com informações da Agência Brasil

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