Fachin aumenta prazo para Polícia Federal investigar Michel Temer

Delegados terão mais cinco dias para finalizar apurações; presidente publica vídeo nas redes sociais e condena todas as críticas que vem sendo alvo

Defesa do presidente Michel Temer delara que todas as acusações contra o peemedebista são abusivas
Foto: Lula Marques/Agência PT
Defesa do presidente Michel Temer delara que todas as acusações contra o peemedebista são abusivas

A Polícia Federal terá mais cinco dias para finalizar as investigações que envolvem o presidente Michel Temer (PMDB). Essa foi a decisão que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin apresentou nesta segunda-feira (12).

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A PF havia pedido a prorrogação das apurações de Michel Temer , alegando que seria necessário mais tempo para finalizar o inquérito, que teve início a partir da citação do nome do presidente nas delações dos executivos da JBS.

Na sexta-feira passada (9), a defesa do peemedebista havia informado o Supremo que não ele não iria responder às indagações enviadas pela PF. Além de pedir o arquivamento das investigações, o advogado de Temer, Antônio Mariz de Oliveira, criticou o teor do questionário elaborado pelos delegados.

Dessa forma, durante a decisão que prolongava o prazo das apurações da polícia, Fachin também deu cinco dias para a Procuradoria-Geral da República dar um parecer sobre o pedido de arquivamento.

De acordo com o advogado do presidente, ele está sendo “alvo de um rol de abusos e de agressões aos seus direitos individuais e à sua condição de mandatário da nação que colocam em risco a prevalência do ordenamento jurídico e do próprio Estado Democrático de Direito”, conforme destaca o documento.

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Vídeo

Ainda nesta sexta-feira, Temer publicou um vídeo em suas redes sociais condenando as denúncias feitas contra ele na última semana. Ele ainda relacionou as críticas que recebeu ao momento de saída de crise econômica enfrentada pelo país.

O presidente também afirmou que não permite interferência de um Poder sobre outro. “Nas democracias modernas, nenhum Poder impõe sua vontade ao outro. O único soberano é o povo, e não um só dos Poderes. E muito menos aqueles que eventualmente exerçam o Poder. Sob meu governo, o Executivo tem seguido fielmente essa determinação: não interfiro nem permito interferência indevida de um Poder sobre o outro. Em hipótese alguma, nenhuma intromissão foi ou será consentida”, afirmou.

Sem mencionar nomes, ele também ressaltou que o “caminho que conduz da Justiça aos justiceiros é o mesmo caminho trágico da democracia à ditadura”. “Não permitirei que o Brasil trilhe este caminho. Não vou esmorecer”, declarou.

Sobre a rejeição da cassação da chapa Dilma-Temer, que foi decidida na última sexta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Michel Temer afirmou que foi uma “demonstração da vitalidade da democracia brasileira”, por meio do funcionamento “pleno e livre do Poder Judiciário”.

Assista o vídeo na íntegra:

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