Rocha Loures (à frente) participa de café da manhã com Temer e os peemedebistas Danilo Forte e Osmar Terra
Romério Cunha/VPR - 12.11.14
Rocha Loures (à frente) participa de café da manhã com Temer e os peemedebistas Danilo Forte e Osmar Terra

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta quinta-feira (18) o afastamento do deputado Rocha Loures (PMDB-PR) de seu mandato na Câmara. Ele é citado na delação do empresário Joesley Batista  à Procuradoria-Geral da República (PGR) por supostamente ter favorecido a empresa JBS a pedido do presidente Michel Temer, de quem foi assessor especial de outubro de 2016 até março deste ano.

A assessoria do deputado informou que Rocha Loures está em Nova York , onde participou de evento em que palestrou sobre a política brasileira a um grupo de investidores internacionais. O prefeito de São Paulo, João Doria, também participou do evento.

Segundo a equipe de Loures, ele deverá "se inteirar e esclarecer os fatos divulgados" quando retornar ao Brasil. A Polícia Federal esteve no gabinete do deputado nesta manhã fazendo busca e apreensão de documentos.

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Gravações

No mesmo despacho em que foi determinada a perda do mandato do peemedebista, o ministro do STF Edson Fachin também decidiu afastar Aécio Neves (PSDB) do cargo de senador. O ministro, no entanto, negou os pedidos de prisão dos dois parlamentares.

Em relação a Aécio, Joesley Batista diz ter uma gravação de 30 minutos em que o senador pede R$ 2 milhões, sob a justificativa de que precisa pagar sua defesa na Operação Lava-Jato. Em nota, Aécio diz estar “absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos” e afirma que sua relação com Joesley Batista “era estritamente pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público”.

Também em nota, o presidente da República, Michel Temer, declara que “defende ampla e profunda investigação para apurar todas as denúncias veiculadas pela imprensa, com a responsabilização dos eventuais envolvidos em quaisquer ilícitos que venham a ser comprovados".

Joesley acusou Rocha Loures de ter sido indicado por Temer para favorecer a Empresa Produtora de Energia (EPE), pertencente ao grupo JBS, junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O agora deputado afastado teria sido filmado carregando uma mala com R$ 500 mil enviada pelo empresário.

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*Com informações da Agência Câmara

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