O próprio partido de Michel Temer, o PMDB, deve ser afetado pelas demissões solicitadas pelo presidente
Marcelo Camargo/ABr
O próprio partido de Michel Temer, o PMDB, deve ser afetado pelas demissões solicitadas pelo presidente

Cerca de 25 parlamentares terão seus aliados destituidos de cargos públicos após terem votado contra as alterações na legislação trabalhista. As demissões foram solicitadas pelo presidente Michel Temer, que também ficou insatisfeito com o fato de estes parlamentares se posicionarem contra a reforma da Previdência. As informações são da "Folha de S.Paulo".

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A ideia de Temer é retirar os parlamentares infiéis e entregar os cargos para outros que aceitem votar a favor das propostas. Apesar de considerar ter sido traído por cerca de 70 deputados, o governo quer excluir apenas aqueles que não podem ser convencidos a dar suporte à reforma da Previdência.

Os parlamentares são de dez partidos diferentes, incluindo a sigla do próprio presidente, o PMDB. O PSB deve ser o mais afetado. Já o DEM não deve ser atingido, pois todos os seus deputados votaram a favor da reforma.

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A maior parte das demissões deve acontecer no começo da próxima semana, sendo que algumas das portarias internas já foram editadas. Apesar disso, nem todas as demissões ocorrerão de maneira definitiva, pois, caso os parlamentares responsáveis pelas nomeações decidam se posicionar a favor da reforma, algumas delas podem ser revertidas. 

Existe também a parcela de parlamentares que será poupada mesmo tendo votado contra a reforma. Este é o caso dos deputados se mostraram contrários ao texto, mas que procuraram o governo para dizer que dariam apoio à reforma.

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Como funciona a indicação

Os deputados que fazem parte da base aliada do governo recebem o direito de indicar os responsáveis pelas funções da administração federal em seus Estados. Portanto, as retaliações serão feitas de maneira indireta, afetando aos indicados dos deputados, e não aos próprios parlamentares.


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