Imagens filmadas durante a condução coercitiva de Lula teriam sido vazadas para a imprensa e para produtores de filme
Divulgação/Instituto Lula
Imagens filmadas durante a condução coercitiva de Lula teriam sido vazadas para a imprensa e para produtores de filme

O delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula declarou em ofício destinado ao juiz Sérgio Moro nesta segunda-feira (27) que não houve vazamento de imagens capturadas durante a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Na última sexta-feira (24) os advogados de defesa de Lula pediram a apuração de filmagens realizadas durante a condução coercitiva e supostos vazamentos a veículos de notícia e para a produção de filme sobre a Operação Lava Jato.

Em ofício, o delegado Igor Romário de Paula afirmou que “não foram cedidas quaisquer imagens, sejam elas fotografias ou vídeos, relacionadas à ação policial decorrente da 24ª Fase da Operação Lava Jato a qualquer pessoa, empresa ou veículo de comunicação por parte da Polícia Federal”.

Além disso, ele garantiu que “não houve em momento algum descumprimento, por parte da equipe de policiais que participou da diligência, dos parâmetros estabelecidos na decisão judicial” e que “tanto os procedimentos de busca, os deslocamentos e a coleta de depoimento foram feitos com a absoluta discrição”.

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A lei é para todos

A defesa do petista pediu apuração envolvendo o filme “Polícia Federal – a lei é para todos” depois de ter conhecimento de suposto vazamento ilegal de imagens para a produção do longa metragem.

Além disso, foi divulgado que uma das principais cenas do filme sobre a Lava Jato seria a condução coercitiva do ex-presidente, fato considerado inusitado considerando que não houve condenação judicial e, em operação dessa dimensão, existem fatos muito mais relevantes a serem retratados.

Outro ponto questionado pelos advogados de Lula é o financiamento do filme, que é mantido em sigilo, algo incomum na indústria cinematográfica. Eles questionam quem seriam os interessados em financiar uma produção que “visa macular” a imagem do ex-presidente perante a sociedade.

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Processo

Não é a primeira vez que Igor Romário de Paula se envolve em disputas judiciais com o petista. O delegado foi processado pelo ex-presidente depois de afirmar, em janeiro deste ano, que o “timing para prender Lula poderia surgir em 30 ou 60 dias”.

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