Deputado Osmar Serraglio é confirmado como novo ministro da Justiça

Conhecido como relator da CPI dos Correios, Serraglio é vice-líder do PMDB na Câmara; ele substitui Alexandre de Moraes, que assumirá vaga no STF

Osmar Serraglio tem 68 anos e é a escolha definitiva de Temer para o Ministério da Justiça
Foto: Wikimedia Commons
Osmar Serraglio tem 68 anos e é a escolha definitiva de Temer para o Ministério da Justiça

Com a aprovação de Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) , o presidente da República Michel Temer (PMDB) confirmou nesta quinta-feira (23) o novo ministro da Justiça. O nome escolhido pelo peemedebista é o do deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR). Serraglio é, atualmente, vice-líder do partido na Câmara. 

Com a escolha, o presidente satisfaz seu partido e deixa disponível o Ministério das Relações Exteriores para os aliados tucanos. A vaga está em aberto desde que José Serra (PSDB) anunciou sua demissão do Itamaraty, na noite desta quarta-feira (22).

Serraglio é mestre em Direito pela PUC-SP. No ano passado foi presidente da CCJ da Câmara e votou a favor do impeachment da ex-presidente petista Dilma Rousseff. Foi eleito deputado federal por cinco vezes seguidas e, nacionalmente, ficou conhecido como relator da CPI dos Correios, encerrada em 2006.

Itamaraty

O pedido de demissão de Serra repercutiu nesta quinta-feira (23) no Senado. Alegando problemas de saúde, o tucano anunciou nesta quarta o desligamento do ministério e seu retorno ao cargo de senador pelo PSDB .

O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), afirmou que a decisão do ministro “surpreendeu a todos”. Em nota, o líder diz que Serra “vinha realizando um trabalho exemplar à frente do Ministério das Relações Exteriores” e que os tucanos se solidarizam e desejam que ele recupere a saúde para atuar no Senado.

O senador Edison Lobão (PMDB-MA) também comentou a volta de José Serra ao Senado. Para Lobão, Serra “é um político e um administrador de grande porte” e que suas razões para deixar o governo devem ser levadas em consideração. Lobão citou alguns dos cargos de relevância ocupados por Serra, como a prefeitura e o governo de São Paulo, além do Ministério da Saúde, e lembrou que o ministro já apresentou no Senado “projetos de grande densidade”, que ainda estão sendo examinados nas comissões.

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Sobre a substituição de José Serra no comando do Ministério das Relações Exteriores, Lobão evitou opinar sobre nomes ou sobre indicações partidárias. “Neste caso, como se trata de uma pasta eminentemente técnica, que realiza a política exterior do país, junto com o presidente da República, eu penso que o presidente pode caminhar para a escolha de um diplomata, o que não quer dizer necessariamente que tem que ser um diplomata. O presidente vai examinar, terá tempo para fazer isso”, disse o senador. Temer não indicou quem ocupará o cargo.

* Com informações da Agência Brasil.