Denunciado pelo MPF, presidente do Instituto também pediu a Sérgio Moro que rejeite a denúncia apresentada contra ele e a outros seis investigados

A defesa do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, pediu nesta sexta-feira (16) ao juiz federal Sérgio Moro que rejeite a denúncia apresentada contra ele, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais seis investigados na Operação Lava Jato.
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Na petição, Okamotto também pede que sejam abertos os 10 contêineres com o acervo presidencial de Lula para "garantir ao povo" o direito de acesso a 400 mil cartas recebidas pelo ex-presidente.
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Na denúncia do Ministério Público Federal, Okamotto é acusado de atuar para que a empreiteira OAS pagasse as despesas do aluguel de contêineres do acervo de Lula. Segundo a força-tarefa da Lava Jato, foram feitos 61 pagamentos mensais no valor de R$ 21, 5 mil, entre 2011 e 2016.
Pirotecnia
Cercado por aliados do Congresso Nacional e militantes do Partido dos Trabalhadores, o ex-presidente esbravejou contra o Ministério Público Federal e chamou de "pirotecnia" a denúncia que o classificou como "o comandante máximo do esquema de corrupção" investigado pela força-tarefa da Operação Lava Jato, apresentada por procuradores na quarta-feira (14).
"Sabe o que é o G8? É tudo aquilo que o sociólogo sonhava em participar", discursou Lula, exaltando o fato de ao longo de seus mandatos ter sido convidado a todas as reuniões do grupo que engloba as maiores economias do mundo, em referência ao seu antecessor na Presidência da República, Fernando Henrique Cardoso.

Na sequência, dizendo-se injustiçado por ter sido denunciado pelo Ministério Público Federal embasado no que chamou de "mentiras", lembrou da operação da Polícia Federal que encontrou quase meio quilo de cocaína no helicóptero da família – e dentro de propriedade pertencente a ele – do senador Zezé Perrella (PTB-MG).
Do meio político, Lula também lembrou dos adversários que votaram a favor do impeachment, os antigos aliados que mudaram de voto de uma hora para outra e elogiou, alguns nominalmente, os senadores que apoiaram a ex-presidente do início ao fim do processo.
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"Nós tinhamos 22 votos e ficamos só com 20 [...] Quero aqui parabenizar a bancada do PT e os 20 senadores que votaram com a gente. Quero também agradecer os companheiros de outros partidos que nos apoiaram, como o companheiro [Roberto] Requião (PMDB-PR), a companheira Vanessa [Graziotin] (Psol-AM). Eles não perderam a dignidade, não perderam a vergonha."
*Com informações da Agência Brasil