COE - Comandos e Operações Especiais promove novo ataque ao tráfico

Em continuidade às operações de combate ao tráfico de drogas e crimes relacionados, os PMs do COE conduzem ação de sucesso na viela da Muniz

Foto: foto: Major PM Luis Augusto Pacheco Ambar
Policiais Militares do Comandos e Operações Especiais, tropa especializada para atuar em situações policiais de alto risco

Oculto no ponto de observação avançada, o Comandante usa um binóculo e transmite instruções para sua Tropa que se aproxima silenciosamente do ponto de vendas e armazenamento de drogas. Os dois traficantes não percebem a chegada da equipe dos fantasmas verdes do COE.

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Por mais estranho que isso possa parecer, esta é a melhor notícia do dia para a saúde destes dois criminosos. Atiradores de Elite do Comandos e Operações Especiais estão observando a mesma cena através das poderosas lunetas dos seus rifles calibre 7.62 de longo alcance. Se os marginais cometerem o erro de tomar uma iniciativa ofensiva de enfrentamento contra a equipe que se aproxima, serão imediatamente neutralizados pelos Atiradores do COE .

O que é o COE?

O Comandos e Operações Especiais faz parte de um Batalhão de elite da Polícia Militar paulista, especializado em resolver ocorrências policiais de alto risco e grande poder ofensivo. Os treinamentos e equipamentos especializados usados pelos “Caveiras” (nome informal dos PMs do COE) os habilita a operar em qualquer tipo de ambiente e clima, por terra, ar e mar, de dia e de noite. Sua existência não é ostensivamente divulgada em função do sigilo que suas ocorrências exigem e também pela tradição desses Polícias Militares que preferem atuar de forma silenciosa e discreta, fora do radar da mídia.

Foto: foto: Major PM Luis Augusto Pacheco Ambar
Equipe do Comandos e Operações Especiais durante uma missão

Uma das prioridades operacionais definidas pelo Comando do COE é o combate ao tráfico de drogas e armas, feito através de frequentes operações relâmpago, que podem ser executadas em formato de saturação, envolvendo dezenas de “Caveiras” que cercam e dominam a área alvo, como foi feito na Operação Heliópolis , ou através de ações furtivas e cirúrgicas conduzidas por um efetivo menor, como na Operação da Mauro.

Operação da Muniz

Dias antes do ataque aos traficantes da rua Muniz de Souza, no bairro do Cambuci, centro de São Paulo, operadores do COE conduziram missões de reconhecimento no local para identificar o modus operandi dos criminosos, suas rotas de fuga, pontos de abastecimento, olheiros, método de comunicação, tipo de armamento que estavam usando, etc...

Foto: foto: Major PM Luis Augusto Pacheco Ambar
Policial Militar do Comados e Operações Especiais

Às 15hs do dia 29/11 o Tenente PM Telhada, comandante desta operação, repassou os últimos detalhes com seu Pelotão composto por 18 PMs do COE, dando ênfase na dificuldade inicial da operação.

Os PMs deveriam evitar que os traficantes fechassem três enormes portões reforçados por grossas chapas de metal, bloqueando o acesso à  àrea alvo. Bastaria fechar um para se perder o elemento surpresa, e comprometer a operação.

Todos fizeram a conferência final dos seus equipamentos e partiram da sua Base com destino à viela da Muniz.

“Assim que chegamos ao local tudo aconteceu bem rápido. As equipes de assalto se posicionaram perto da entrada da viela, enquanto que os Atiradores de Elite e eu rumamos para diferentes postos de observação avançada, que propiciavam visão completa do nosso teatro de operações”, relata o Tenente PM Telhada.

A técnica de conduta de patrulha usada nessa missão é exaustivamente treinada pelos fantasmas verdes do COE e consiste em duas fases: o deslocamento furtivo e rápido até o ponto mais próximo possível do alvo, e na sequência uma ação de choque executada de forma dinâmica e enérgica. O objetivo é reduzir ao mínimo a possibilidade de reação dos criminosos, evitando o confronto e preservando todas as vidas envolvidas.

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“Dei o sinal verde para a operação às 18:30, e à distancia acompanhei a aproximação furtiva da equipe de assalto e o momento em que executaram a transição para a conduta de tomada dinâmica da viela da Muniz. A ação foi feita com perfeição. Dois traficantes com rádiocomunicadores foram imediatamente presos, sem tempo para alertar o resto da quadrilha. Tomamos os três portões e no processo surpreendemos e capturamos um terceiro criminoso, que também não teve tempo de reagir e usar seu revólver calibre .38”, continua relatando o Tenente.

Foto: COE / Divlgação
15kg de maconha, arma, radiocomunicadores, celulares, dinheiro e material de inteligência apreendidos na Operação da Muniz
Foto: COE / Divulgação
Centenas de embalagens prontas para a venda no varejo de cocaína, crack, haxixe, êxtase e maconha apreendidos pelo COE na Operação da Muniz
Foto: COE / Divulgação
Três dos quatro criminosos presos, todos com extensa ficha criminal de trafico e roubo

O quarto e último integrante da quadrilha correu para o fundo da viela e tentou acessar o telhado de uma casa, mas foi rapidamente detido e algemado. Nesse local os PMs do COE fizeram uma varredura e encontraram 15kg de tijolos de maconha, centenas de porções de cocaína, crack, haxixe, êxtase e maconha, já embaladas e prontas para serem vendidas, dinheiro, radiocomunicadores, celulares e material de inteligência.

“Todos criminosos que prendemos já haviam cometido vários crimes de alto poder ofensivo contra a sociedade, mas após cumprir uma curta pena já estavam legalmente soltos, traficando, assaltando e matando. Não nos desmotivamos com isso e vamos continuar cumprindo nosso trabalho de forma legalista. Voltaremos com frequência aqui na viela da Muniz para prender estes ofensores todas as vezes que forem soltos e tornarem a quebrar a lei”, finaliza o Tenente PM Telhada.

Essa foi mais uma operação exemplar onde todos os cinco atores envolvidos desempenharam suas funções com consistente e histórica perfeição:

1) Legislativo

Movidos pela covardia, ideologia ou interesses pessoais, essas autoridades, democraticamente eleitas, se recusam a passar leis eficientes, sérias, claras e consistentes para punir e coibir o crime.

2) Judiciário

De mãos amarradas, os juízes são obrigados a cumprir uma lei de execução penal frouxa e patética, que mais parece uma catraca giratória livre de entrada e saída de criminosos da cadeia.

3) Criminosos

Os grandes beneficiários do nosso incrível e falido sistema penal kafkiano, que se sentem à vontade para atacar a sociedade de forma contínua, com a certeza de cumprir penas reduzidíssimas e retornar às ruas rapidamente para prosseguir com suas atividades ilegais.

4) Polícia Militar

Está na linha de frente reduzindo a violência contra a sociedade, mas enfrenta um vicioso e perverso ciclo de prender criminosos, voltar a encontrá-los nas ruas, prendê-los de novo e reencontrá-los soltos novamente.

5) Você e eu

E finalmente os principais responsáveis por este circo de horrores: você que lê esta matéria e eu que a escrevo. Somos nos dois que elegemos democraticamente os políticos que fazem as leis. Ano após ano você e eu damos carta branca para que os mesmos corruptos e ladrões continuem no poder, durante décadas, mantendo um sistema de leis propositalmente confuso, contraditório e leniente para que eles próprios, e seus familiares, continuem se enriquecendo através dos pesados crimes que cometem contra a sociedade, sem receio de irem para a cadeia.