Aceitar os limites é um tipo de saúde mental. Essa saúde nasce do cultivo interior que acolhe a condição humana. Dessa forma, reservar na agenda da vida um tempo de pausa é vivenciar as curas necessárias para a saúde em todos os aspectos do viver. Sobre essa consciência se desejam pontuar alguns caminhos.
O primeiro é a necessidade do cultivo da pausa que cura. Pausar é cessar as atividades rotineiras, até mesmo as prazerosas para aquietar o todo e assentar a vida. O tempo de pausa é para desacelerar, contemplar, refletir, ouvir o silencio, dar descanso para os pensamentos, o corpo, os sentimentos. Observar o nada. Sim, é importante exercitar a respiração da vida na vida.
O segundo caminho é buscar algo que possa alimentar a vida de vida. Momentos lúdicos que cultivem o acesso ao sentir. Revisar sentimentos que estão ou passaram por nós. Revisitar emoções é uma forma de limpeza e ao mesmo tempo a consciência que nada de ruim deve ficar hospedado em nós por muito tempo.
O terceiro caminho sentir a renovação das forças em todos os sentidos. A energia da vida renovada, o encanto no olhar revigorado e a esperança restaurada. Esses aspectos são sinalizadores da pausa que cura. Sem a energia vital, o encanto e a esperança, é impossível cultiva a saúde mental que impacta todo o ser que existe no tempo.
*Milene Costa é Doutoranda em Ciências da Religião, Mestre em Filosofia e possui diversas especializações na área de Teologia, além de uma carreira de mais de vinte anos como acadêmica. É a fundadora e maior responsável pela Ser e Pertencer, espaço que auxilia pessoas e grupos no cultivo da qualidade humana para as novas sociedades.
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