Com o avanço da tecnologia, é cada vez mais comum ver procedimentos estéticos com o objetivo de facilitar a rotina de beleza , principalmente das mulheres e no país que é o segundo no mundo no ranking dos que mais realizam procedimentos estéticos, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Além da já conhecida harmonização facial, os centros de estética ampliam seus serviços e oferecem agora é ainda mais comum maquiagem permanente. Como o próprio nome já diz, são procedimentos que servem para pigmentar partes do rosto, eliminando alguns passos da maquiagem na hora de se arrumar.
Maria Placides é especialista em maquiagem permanente nas áreas dos lábios e olhos — nas sobrancelhas e pálpebra com delineado. A técnica é uma espécie de tatuagem, com o chamado tatoo pen (aparelho de tatuagem, porém com uma agulha especial, muito mais fina). “Os procedimentos são sempre feitos em duas sessões e são usados pigmentos específicos para micropigmentação”, explica.
De acordo com a profissional, por ser uma tatuagem cosmética no rosto, as pessoas precisam pensar muito antes de escolher o profissional. “Há riscos de lesões, sobretudo em estabelecimentos que não são auditados, não possuem alvará e não utilizam produtos e protocolos chancelados pela Anvisa”, analisa.
Também há contraindicações, além de gestantes e lactantes, pessoas que estejam em processo de tratamentos com ácidos, com lesões na área a ser pigmentada ou com rosácea muito inflamada.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) houve um aumento de 390% na busca por procedimentos estéticos no país somente no primeiro trimestre de 2022, em relação ao mesmo período do ano anterior. Na pesquisa, foram entrevistadas 1.218 pessoas e dessas 80% já realizaram algum procedimento estético.
Prova do interesse crescente é um outro procedimento que vem ganhando o coração das mulheres, a camuflagem permanente de olheiras, também conhecida como “tatuagem”, nessa área do rosto, abaixo dos olhos, onde a pele tende a ficar mais escura.
O procedimento é feito pela especialista em pigmentação estética Sue Machado. Segundo ela, o ideal é fazer uma cobertura leve, com concentração menor de pigmento para que não tenha o risco de mudar a cor depois. A técnica foi testada recentemente pela atriz Deborah Secco, que compartilhou o sucesso do resultado nas redes sociais.
“Se a olheira ficar mais forte com o passar do tempo e a pigmentação for mais translúcida. Aí tem que pigmentar novamente”, comenta Sue.
Riscos e alternativas
Isso também porque um dos principais riscos da técnica é ser irreversível, como alerta o médico Gilvan Ferreira Alves, mestre em Dermatologia pela Universidade de Londres e diretor da Clínica AEPIT: “Isso é o mais importante, porque o laser não remove esse tipo de pigmento, por ser muito claro. O que acontece quando as pessoas vão tentar tirar com laser e que oxida e acaba ficando com uma coloração alaranjada, pior ainda”, esclarece.
Por isso, na hora de escolher o profissional, Sue Machado, que já estuda e atua há anos na área, indica muita pesquisa sobre o trabalho, experiência, formação e resultados. “Pode manchar se ele for feito de forma errada e esteticamente não fica legal”, ressalta.
Alguns fatores como bronzeamento da pele e alterações na cor do rosto com o passar dos anos, o que é natural em qualquer pessoa, podem fazer com que o resultado seja melhor ou não, variando a partir do tipo de pele de cada um. O dermatologista Gilvan Ferreira reforça que a questão das olheiras é, na maioria das vezes, genética, mas há tratamentos.
Os mais frequentes e indicados por ele são aqueles com cremes com ativos clareadores, como hidroquinona, além da vitamina C e do ácido hialurônico, que se tornaram queridinhos dos dermatologistas e apaixonados por skincare. O peeling químico de baixa concentração e laser também são alternativas eficientes porque estimulam a produção de colágeno na região.
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