Harmonização facial e tecnologias voltadas para o embelezamento já ganharam a nossa atenção há anos, mas e as técnicas voltadas para o rejuvenescimento íntimo? Ainda pouco falado na mídia, esse processo vem sendo cada vez mais abordado pelas mulheres em suas visitas aos consultórios médicos.
Em conversa com o GPS|Brasília, Laylla Breve, ginecologista especializada em climatério e menopausa, ultrassom ginecológico, colposcopia e rejuvenescimento íntimo, comentou sobre o motivo do aumento da procura por esses procedimentos. “Acredito que a principal razão seja o fato de que as mulheres vêm se conhecendo cada vez mais”, comenta.
Mas, afinal, o que de fato significa o rejuvenescimento íntimo feminino? Ao contrário do que você possa imaginar, não se trata da reconstrução do hímen ou algo parecido, mas sim de um conjunto de mecanismos que podem ser realizados com objetivos médicos ou estéticos.
“As principais queixas das pacientes que procuram por esses procedimentos são aumento dos pequenos lábios, ressecamento vaginal, flacidez do canal, fissuras de repetição e incontinência urinária”, conta a médica.
Atualmente, há diversas opções de técnicas utilizadas quando o assunto é rejuvenescimento íntimo. A médica destacou algumas delas, como a labioplastia — cirurgia para diminuir os pequenos lábios vaginais —, lipoaspiração do monte púbico, laser de CO2, bioestimulador de colágeno e aplicação de botox e de preenchedores.
O laser de CO2, um dos procedimentos mais buscados, é um exemplo de técnica muito utilizada por questões de saúde, como retirada de lipomas (bolas de gordura) e cauterização de HPV. Além disso, trabalha no estímulo de colágeno, melhorando a tonicidade e textura da parede, e no processo de lubrificação.
A parte de harmonização pode envolver a aplicação de bioestimulador de colágeno, preenchedores que dão volume e hidratam, e o botox, utilizado também para tratar vaginismo e contração involuntária da musculatura pélvica.
Ao considerar passar pelo rejuvenescimento íntimo, deve-se pensar nas possíveis complicações que podem surgir. Segundo Laylla, elas dependem da técnica. “O laser, por exemplo, como qualquer cirurgia, pode gerar sangramento aumentado e infecções, mas não é comum. Por isso, é necessário encontrar profissionais e produtos de qualidade”.
Vale ressaltar que os cuidados pós-procedimentos devem ser seguidos com constância. A paciente que faz cirurgia íntima, como a labioplastia, é acompanhada semanalmente e, conforme for a recuperação, é liberada para retornar às atividades rotineiras.
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