A deputada distrital Dayse Amarilio (PSB-DF) declarou apoio, nesta terça-feira (11), ao movimento que resultou na greve dos técnicos e auxiliares de enfermagem do Governo do Distrito Federal (GDF) durante uma manifestação ocorrida nesta terça-feira (11). Segundo a deputada, a paralisação é medida legítima, uma vez que os profissionais de enfermagem não recebem reajuste salarial desde 2014.
“Se não negociar, a enfermagem vai parar! Os profissionais de enfermagem estão ficando doentes por falta de condições dignas de trabalho. Essa é uma categoria que é tratada de forma não isonômica, só chega no topo de carreira com 25 anos de serviço e não tem reajuste desde 2014. A reestruturação é urgente! Chega de tratamento injusto! Se não está funcionando na negociação, vai ter que funcionar na pressão. É do luto à luta!”, destacou a parlamentar.
A greve geral da categoria foi aprovada por unanimidade em assembleia e está marcada para começar na próxima segunda-feira (17). Durante o protesto, realizado desta terça, os profissionais cobraram ações dos deputados da Câmara Legislativa ( CLDF ) e do Governo do Distrito Federal (GDF), exibindo cartazes e faixas com reivindicações.
Com mais de 500 participantes, a manifestação ocorreu em frente à CLDF e seguiu até o Eixo Monumental, em frente ao Palácio do Buriti. A aprovação da greve resultou no fechamento parcial do trânsito no local, com o apoio da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
Entre as principais demandas dos técnicos e auxiliares de enfermagem estão a reestruturação de carreira, com redução do tempo de serviço, e a equiparação salarial de 70% em relação às demais categorias da saúde.
Diretora do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Distrito Federal (Sindate-DF), Elza Rodrigues destacou que a categoria espera há mais de quatro anos por uma resposta do GDF que contemple suas necessidades.
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Outras categorias
Além dos técnicos e auxiliares de enfermagem, outros servidores da Secretaria de Saúde do DF pressionam para a melhoria salarial. O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Distrito Federal ( SindSaúde ) tem sinalizado que pretende tensionar a relação com a Secretaria de Saúde caso não haja um reajuste dos proventos dos funcionários públicos.
A entidade afirma que a defasagem salarial da categoria chega aos 37%, com perdas financeiras registradas durante anos. “O efeito cascata das perdas de direitos agrava a defasagem salarial causada pela inflação, resultando em prejuízos tanto para o sustento do servidor quanto para o bem-estar de sua família. Um exemplo claro disso são os servidores da saúde em Brasília, que acumulam uma grande perda salarial ao longo de oito anos sem reajuste”, declarou Marli Rodrigues, presidente do sindicato.
A Secretaria de Saúde não havia se posicionado oficialmente sobre os movimentos sindicais até a última atualização da reportagem.
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