Não haverá um programa de incentivo generalizado da economia na Europa, apesar do perigo de uma recessão, declarou nesta quinta-feira o presidente do Eurogrupo, o luxemburguês Jean-Claude Juncker, ao final da reunião de líderes da União Européia (UE)
"Não haverá programa de impulso generalizado na Europa, já que lançar um plano desse tipo nos levaria a deixar de lado, em certos países, as regras saudáveis do Pacto de Estabilidade europeu" (que prevê limites para o déficit e a dívida pública), explicou Juncker.
Para Juncker, as medidas anunciadas por vários países europeus para apoiar o setor financeiro terão um impacto positivo nos mercados a médio prazo.
Os países europeus que anunciaram planos de ajuda aos bancos pretendem disponibilizar até dois trilhões de euros, um valor "que vai impressionar os mercados financeiros", declarou o premier de Luxemburgo falando à rádio alemã Deutschlandfunk.
"Teríamos que deixar de olhar para as cotações da Bolsa como o rato olha para o gato e pensar a médio prazo", acrescentou.
Depois de duas sessões de euforia, as Bolsas mundiais voltaram a desabar na quarta-feira. Nesta quinta-feira, os mercados asiáticos fecharam em fortes baixas e a Europa opera em queda.
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