O presidente da montadora italiana Fiat, Sergio Marchionne, disse nesta segunda-feira que pretende criar uma gigante do setor automobilístico, atrás apenas da japonesa Toyota, ao assumir as operações da Opel, o braço alemão da General Motors (GM). Marchionne se reuniu com o ministro da Economia alemão, Karl-Theodor zu Guttenberg, para discutir os planos da Fiat de comprar a Opel.
Depois do encontro, Guttenberg disse à BBC que o governo ainda precisa de dados mais precisos por parte da Fiat antes de chegar a qualquer conclusão a respeito da proposta de compra e reiterou que deseja ver o menor número de demissões possível.
Segundo Guttenberg, a Fiat disse que pretende manter as três principais fábricas alemãs caso a proposta de compra se concretize.
A GM enfrenta pressão para vender suas operações na Europa. A empresa enfrenta o risco de falência nos Estados Unidos e recebeu prazo até 1 de junho para executar um processo de reestruturação acordado com o governo americano.
A GM confirmou que está em negociações com "diversos possíveis investidores".
Empregos
A Opel tem cerca de 26 mil funcionários na Alemanha.
O ramo britânico da Opel, a Vauxhall, emprega cerca de 5 mil pessoas na Grã-Bretanha. Líderes sindicais temem que a compra gere desemprego.
A Opel disse que precisa de 3,3 bilhões de euros (cerca de US$ 4,3 bilhões) para enfrentar a crise econômica.
O governo alemão afirmou que não vai dar mais recursos à empresa, mas apoiará um investidor que assuma este compromisso.
A Fiat já está em negociação para a compra da Chrysler, que entrou com pedido de concordata nos Estados Unidos.