Um voo da Korean Air, que partiu de Seul, Coreia do Sul, com destino a Ulaanbaatar, Mongólia, no domingo (4), enfrentou uma turbulência severa que resultou em 14 feridos — dez passageiros e quatro membros da tripulação.
A aeronave, transportando 281 pessoas, sofreu uma sacudida violenta por 15 segundos após aproximadamente uma hora de voo, quando sobrevoava o aeroporto de Tianjin, na China, a 34 mil pés de altitude. Durante a turbulência, muitos passageiros estavam comendo, e imagens feitas após o incidente mostram bandejas e louças espalhadas pelo chão e restos de comida no teto.
Alguns relatos indicam que passageiros que não usavam cinto de segurança foram arremessados contra o teto. Um dos passageiros descreveu o caos: "Eu estava prestes a terminar de comer a refeição do voo. A turbulência começou e o avião caiu bruscamente. As pessoas gritavam, todos os pratos estavam caindo. Foi um caos. Por um segundo, eu pensei: 'Eu vou morrer?'. Ouvi dizer que há muita turbulência atualmente, e é verdade."
Apesar da confusão, nenhum passageiro sofreu ferimentos graves, e o voo conseguiu prosseguir para seu destino final. De acordo com a Reuters, os feridos receberam analgésicos e foram atendidos por uma equipe médica em Ulaanbaatar.
Mudanças no Menu da Korean Air
A Korean Air anunciou que, a partir do dia 15 de agosto, o macarrão instantâneo (lamen) não estará mais disponível para passageiros da classe econômica. Esta decisão foi tomada devido ao aumento de incidentes relacionados a turbulências.
Por 25 anos, a companhia aérea servia lamen gratuitamente a todos os passageiros e era conhecida por isso. No entanto, o aumento dos casos de turbulência e os riscos associados aos corredores estreitos e à proximidade dos assentos levaram à decisão de retirar o prato do menu da classe econômica. Apenas passageiros da classe executiva e primeira classe continuarão a ter acesso ao lamen.
A Korean Air explicou que o número de turbulências em seus voos dobrou desde 2019 e que o serviço de múltiplas xícaras de macarrão na classe econômica aumenta o risco de queimaduras.
Redes Sociais
A decisão gerou debate nas redes sociais. Enquanto alguns usuários expressaram alívio com a mudança, outros criticaram a companhia aérea, questionando se outras opções de alimentos e bebidas quentes não apresentariam riscos similares. "Café e chá não são quentes?", questionou um comentário.
No início deste ano, a Singapore Airlines também adotou uma abordagem mais cautelosa, suspendendo o serviço de bebidas quentes e refeições durante turbulências após um incidente grave em maio, onde um passageiro britânico de 73 anos faleceu e dezenas ficaram feridos devido a uma turbulência severa.