O Exército de Israel anunciou neste sábado (8) que resgatou quatro reféns israelenses vivos após uma "complexa operação diurna" em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza. Vítimas têm entre 21 e 40 anos
"Noa Argamani (25), Almog Meir Jan (21), Andrey Kozlov (27) e Shlomi Ziv (40) foram sequestrados pela organização terrorista Hamas no festival de música Nova em 7 de outubro", declararam os militares em comunicado, acrescentando que os quatro estavam em "boas condições médicas" e realizarão mais exames para atestar sua condição física.
Quem são
Noa Argamani, de 26 anos
Noa Argamani, de 26 anos, uma israelense, foi capturada em um vídeo enquanto era levada por terroristas e separada de seu namorado durante um festival de música eletrônica atacado pelo Hamas em 7 de outubro.
Nascida na China, Noa completou 26 anos poucos dias após o sequestro. Sua família fez um apelo para sua libertação, especialmente sua mãe, Liora Argamani, que sofria de uma doença terminal e desejava ver sua filha antes de morrer. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, buscou a ajuda do governo chinês para pressionar o Hamas pela libertação de Noa.
Em janeiro, a família recebeu uma prova de vida de Noa: o Hamas divulgou um vídeo em que ela pedia que o Exército de Israel interrompesse os bombardeios em Gaza, sob ameaça de que ela e outros dois reféns fossem executados. No dia seguinte, em outro vídeo, os terroristas mostraram Noa novamente, anunciando que os outros dois reféns haviam sido mortos em ataques israelenses em Gaza.
Almog Meir, de 21 anos
Almog Meir, de 21 anos, também estava presente no festival de música eletrônica atacado pelo Hamas. Junto com um amigo, tentou fugir de carro, mas foram forçados a parar depois de percorrerem apenas uma curta distância. A família de Almog afirmou ter visto um vídeo com reféns onde ele aparecia.
Também estava no festival de música eletrônica atacado pelo Hamas. Ele e um amigo chegaram até o carro para fugir, mas só conseguiram percorrer uma curta distância antes de serem forçados a parar. A família de Almog afirmou ter visto um vídeo com reféns no qual ele aparecia.
Andrey Kozlov, de 27 anos
Andrey Kozlov, de 27 anos, foi visto pela última vez às 9h de sábado, 7 de outubro, quando terroristas do Hamas atacaram perto do Kibbutz Re’im, onde ele trabalhava como segurança para o festival de música Supernova.
Kozlov, natural de São Petersburgo, Rússia, estava em contato com seu pai na época, enviando mensagens de texto dizendo que ouviu tiros ao seu redor.
Ele também enviou mensagens pelo Whatsapp para seus amigos, informando que não tinha onde se esconder enquanto os atiradores cercavam o festival ao ar livre, matando cerca de 350 pessoas e fazendo dezenas de reféns.
Os amigos de Kozlov disseram que ele é alto, tem barba, e estava vestindo uma camiseta preta e tênis Vans pretos.
Shlomi Ziv, de 40 anos
Shlomi Ziv, de 41 anos, estava trabalhando como parte da equipe de segurança na festa rave no deserto Supernova em 7 de outubro, quando terroristas do Hamas atacaram, atirando e matando cerca de 350 pessoas e capturando dezenas para Gaza.
Adi Kikozashvili, uma das duas irmãs de Shlomi, falou com ele às 7h30 da manhã naquele dia, quando ele disse a ela que tudo estava bem: terroristas estavam atirando e havia sirenes para alertar sobre foguetes chegando, mas ele e o resto da equipe estavam nos carros e indo para casa.
Shlomi era um dos seguranças e não portava munição, afirmou Kikozashvili em várias entrevistas.
Ziv contou à sua irmã sobre o congestionamento de carros tentando deixar a área da festa.
Sua última conversa foi com sua outra irmã, Revital. Enquanto respirava pesadamente, ele disse: "Vou te ligar de volta."
O resgate
Segundo as forças israelenses, eles foram "resgatados" em dois locais diferentes no centro de Nuseirat.
Horas antes, o Exército de Israel havia informado que estava realizando operações contra "infraestruturas terroristas na zona de Nuseirat", a norte da cidade de Deir al Balah, localizada no centro do território palestino.
Um porta-voz do hospital Mártires de Al Aqsa em Deir al Balah, o doutor Khalil al Dakran, relatou no sábado a morte de 15 pessoas em "intensos bombardeios israelenses" que, segundo ele, deixaram dezenas de feridos.
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