O Brasil assinou uma carta conjunta pedindo a libertação de todos os reféns do Hamas que estão presos há mais de 200 dias. O documento, assinado por 17 nações e divulgado nesta terça-feira (23), salienta que essa atitude permitiria um cessar-fogo imediato no conflito na Faixa de Gaza.
No texto, os signatários lembram que entre os sequestrados, há cidadãos de seus próprios países e reforçam a preocupação com a violação de direitos internacionais dos quais essas pessoas estão protegidas. (leia a carta na íntegra abaixo).
Brasil defende o estado palestino
O Brasil foi o primeiro país a reconhecer publicamente o Estado da Palestina.
Desde o início da escalada de conflito, em 7 de outubro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem feito críticas às ações militares de Israel na Faixa de Gaza e apoiou a iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça da Organização das Nações Unidas (ONU) para investigar “atos e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados” e determinar o cessar-fogo imediato na região.
Carta conjunta na íntegra
“Declaração conjunta de Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Bulgária, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Hungria, Polônia, Portugal, Romênia, Reino Unido, Sérvia e Tailândia pela libertação dos reféns detidos em Gaza.
Apelamos pela libertação imediata de todos os reféns do Hamas, que se encontram detidos em Gaza há mais de 200 dias. Entre eles estão os nossos próprios cidadãos. O destino dos reféns e da população em Gaza, que estão protegidos pelo direito internacional, é motivo de preocupação internacional.
Salientamos que o acordo sobre a mesa para a libertação dos reféns permitiria um cessar-fogo imediato e prolongado em Gaza, o que facilitaria o envio de assistência humanitária adicional necessária a toda a Faixa de Gaza e conduziria ao fim crível das hostilidades. Os habitantes de Gaza poderiam regressar a suas casas e a suas terras, com preparativos prévios para garantir abrigo e provisões humanitárias
Apoiamos firmemente os esforços de mediação em curso para que nossos nacionais possam voltar para casa. Reiteramos o nosso apelo ao Hamas para que liberte os reféns e nos deixe pôr fim a esta crise, para que, coletivamente, possamos concentrar os nossos esforços em trazer paz e estabilidade à região.”