Nesta quarta-feira (17), os rebeldes houthis do Iêmen reivindicaram a autoria de um ataque contra um navio dos Estados Unidos na costa da cidade de Áden. A ação veio horas após o grupo ser incluído na lista americana de terroristas.
De acordo com o porta-voz militar dos houthis, Yahya Saree, as forças navais dos houthis atacaram o navio "Genco Picardy" com "vários mísseis" no Golfo de Áden. Em declaração feita à TV, Saree prometeu que o grupo não pararia os ataques em legítima defesa e em apoio aos palestinos em Gaza.
Por outro lado, a agência de segurança britânica United Kingdom Maritime Trade Operations (UKMTO), disse que o ataque foi feito por um "sistema aéreo não tripulado", ou seja, um drone. De acordo com a empresa, o incêndio provocado pelo ataque no navio graneleiro foi controlado e "a embarcação e a tripulação estão em segurança".
Ainda nesta quarta, o porta-voz dos houthi, Mohammed Abdelsalam, afirmou à TV al-Jazeera que os ataques contra os navios americanos e britânicos no Mar Vermelho continuariam mesmo após a decisão dos EUA de colocar o grupo novamente na sua lista de entidades "terroristas".
Segundo o chefe diplomático dos EUA, Antony Blinken, sanção, que entrará em vigor em 30 dias, tem como principal objetivo pressionar o grupo rebelde sem impactar a entrega de ajuda humanitária ao Iêmen.
"Não desistiremos de atacar os navios israelenses ou os navios que se dirigem aos portos da Palestina ocupada... em apoio ao povo palestino", disse Abdelsalam à emissora, sediada no Catar.