Com a escalada de violência no Equador, o presidente Daniel Noboa decretou nesta terça-feira (9) "conflito armado interno" no país.
A medida autoriza a intervenção do Exército e da Polícia Nacional contra facções criminosas, e também identifica como organizações terroristas 22 facções criminosas e "atores beligerantes não estatais", assim como determina às Forças Armadas a execução de operações militares para "neutralizar" os grupos criminosos, "respeitando os direitos humanos".
Crise de segurança pública
O Equador vive uma crise de segurança há dois dias. O presidente Noboa decretou na segunda (8) estado de exceção, depois da fuga da prisão de um criminoso conhecido como Fito, chefe do grupo Los Choneros. O decreto segue em vigor.
Nesta terça-feira (9), as autoridades relataram a fuga de outro criminoso: Fabricio Colón Pico, um dos líderes de Los Lobos, preso na sexta-feira (5) pelo crime de sequestro e por sua suposta responsabilidade em um plano para assassinar a procuradora-geral do país.
Sete policiais foram sequestrados já durante o período de estado de exceção. Os sequestros aconteceram nas cidades de Machala e Quito e na província de Los Rios.
Além dos sequestros de agentes na noite de segunda-feira (8), houve explosões na província de Esmeraldas. Várias pessoas lançaram um artefato explosivo perto de uma delegacia e dois veículos foram queimados em outros locais, sem deixar vítimas.
Em Quito, um veículo explodiu e um dispositivo foi detonado perto de uma ponte de pedestres. O prefeito Pabel Muñoz pediu ao Executivo a "militarização" de instalações estratégicas ante a "crise de segurança sem precedentes".