O presidente francês Emmanuel Macron afirmou, durante a cúpula de segurança global Globsec, que o presidente russo Vladimir Putin “acordou” a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ao invadir a Ucrânia em fevereiro de 2022.
Durante o discurso, que ocorreu em Bratislava, Eslováquia, nesta quarta-feira (31), Macron se retratou após ter dito, em 2019, que a Aliança sofreu uma “morte cerebral” na época: "Posso dizer que hoje Vladimir Putin a acordou com o pior dos choques elétricos".
Enfatizando que a Ucrânia "está hoje protegendo a Europa", o chefe de Estado francês disse que é do interesse do Ocidente que Kiev tenha garantias de segurança da Otan.
“É por isso que sou a favor, e isso será assunto de conversas coletivas nas próximas semanas [...], de oferecer garantias de segurança tangíveis e confiáveis à Ucrânia", disse ele.
Segundo Macron, vários membros da Otan poderiam fornecer essas garantias por ora, enquanto a Ucrânia espera para se juntar à aliança. “Temos que construir algo entre a segurança fornecida a Israel e a adesão plena”, disse Macron.
“Temos agora de ajudar a Ucrânia de todas as formas possíveis a levar a cabo uma contraofensiva eficaz. Isso é essencial. É o que vamos fazer. Temos de a intensificar porque o que está em jogo nos próximos meses é a possibilidade de uma paz escolhida e, portanto, duradoura."
A próxima parada de Emmanuel Macron é a Moldávia, onde se reunirá com outros líderes europeus na quinta-feira (1) para discutir a guerra na Ucrânia e a estratégia de defesa europeia.