Lula e Kishida
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Lula e Kishida

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anfitrião da cúpula do G7, prometeu neste sábado (20) suspender a necessidade de vistos para brasileiros que querem visitar o país. A decisão foi tomada após uma reunião de uma hora, em Hiroshima. 

Kishida anunciou que o Japão "iniciaria procedimentos para a introdução de isenção de visto de curta duração para portadores de passaporte comum do Brasil".

O premiê japonês também falou em emprestar 30 bilhões de ienes (R$ 1,09 bilhão) para saúde e outros setores no Brasil. E "expressou sua esperança no avanço da reforma tributária do Brasil, afirmando que as empresas japonesas também estão prestando muita atenção a isso".

Kishida também prometeu trabalhar "em estreita colaboração" com Lula na proteção ambiental e parabenizou a candidatura do país para sediar a COP 30 (30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima).

Ambos defenderam uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, pleito de Lula desde seu primeiro mandato como presidente. 

Segundo o relato japonês, por fim, "os dois líderes reafirmaram a importância de valores fundamentais como a liberdade e a democracia, e concordaram em trabalhar juntos para a manutenção e fortalecimento de uma ordem internacional baseada no estado de direito".

O chanceler Mauro Vieira e o colega Yoshimasa Hayashi se reuniram na tarde de ontem para preparar o encontro dos líderes neste sábado. 

Os dois ministros também "trocaram pontos de vista sobre a situação na Ucrânia e no Leste Asiático".

Além de Lula, o premiê japonês se reuniu com o colega da Índia, Narendra Modi, e com o presidente da Indonésa, Joko Widodo. Os três são, respectivamente, o próximo presidente anual do G20. 

Posteriormente, Kishida dirigiu uma sessão de trabalho no G7, restrita aos membros, com o tema "Fortalecendo o Engajamento com os Parceiros (Sul Global, G20)". Afirmou que, "à medida que os emergentes do chamado Sul Global aumentam sua presença, é importante reforçar o envolvimento com os parceiros internacionais para além do G7".

Defendeu "adotar uma abordagem pormenorizada que responda às várias necessidades enfrentadas por esses países" e disse que "gostaria de vincular os resultados da cúpula do G7 em Hiroshima à futura cooperação com o G20".

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