Vista do maciço da Marmolada, extremo-norte da Itália
Reprodução/Ansa - 04.07.2022
Vista do maciço da Marmolada, extremo-norte da Itália

Socorristas encontraram e recuperaram nesta quarta-feira (6) novos restos mortais na área do glaciar da Marmolada, onde o desabamento de um bloco de gelo fez pelo menos sete vítimas no último domingo (3).

A hipótese é de que os corpos sejam de alguns dos cinco alpinistas que ainda estão desaparecidos. "Mais detalhes serão fornecidos em uma coletiva de imprensa", afirmou o governo da província de Trento, onde fica a geleira.

Também não se sabe ainda a quantas pessoas pertencem os restos mortais tirados da montanha. "Temos a obrigação moral de restituir os corpos às famílias, é o empenho que eu o presidente da província de Trento, Maurizio Fugatti, assumimos", comentou nesta quarta o governador do Vêneto, Luca Zaia.

As buscas são feitas com o auxílio de drones equipados com câmeras térmicas, mas o calor na região nesta época do ano torna as operações mais perigosas devido ao risco de novos desmoronamentos.

O desabamento ocorreu no glaciar da Marmolada, montanha de maior altitude das Dolomitas, com 3.343 metros, em meio a uma das piores secas das últimas décadas na Itália, com drásticas reduções na cobertura nevosa das geleiras.

Um estudo científico divulgado em meados de junho aponta que a camada de neve no glaciar no fim de maio era de 714 milímetros, número 50% menor que a média do período. Além disso, a geleira já perdeu mais de 80% de seu volume nos últimos 80 anos, e previsões apontam que ela pode desaparecer antes de 2050.

Tanto o premiê Mario Draghi quanto o presidente Sergio Mattarella atribuíram o desmoronamento do último domingo à crise climática.

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