Guillermo Lasso, presidente do Equador
O Antagonista
Guillermo Lasso, presidente do Equador

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou estado de exceção em todo o país na noite dessa segunda-feira (18). A justificativa do chefe do Executivo é intensificar a luta contra o narcotráfico, em um momento que o país observa  aumento nos índices de criminalidade.

"Nossas Forças Armadas e policiais se sentirão com força nas ruas porque estamos decretando o estado de exceção em todo o território nacional", disse o presidente em discurso transmitido pelo EcuadorTV, canal estatal de televisão.

Segundo o mandatário, policiais e militares farão patrulhas nas ruas do país 24 horas por dia durante o estado de exceção. A medida é válida por 60 dias.

"Daremos às forças de segurança o apoio necessário para o combate ao crime", disse, destacando que o Executivo irá criar uma unidade de defesa legal para proteger os agentes que forem processados "simplesmente por cumprirem o seu dever".

O estado de insegurança "não apenas se reflete na quantidade de drogas consumidas em nosso país, mas também no número de crimes relacionados hoje à venda de narcóticos", continuou o governante de direita. 

Nos 8 primeiros meses do ano, foram registrados 55 assassinatos a mais do que todo o ano de 2020, informou o Ministério do Interior.

Pandora Papers

A medida do presidente do Equador vem em um momento em que ele sofre pressão por ter sido citado no "Pandora Papers", consórcio que revelou operações financeiras de governantes em paraísos fiscais.

Segundo o Pandora Papers,  Guilherme Lasso chegou a controlar 14 offshores, a maioria com sede no Panamá. Ele as fechou depois que o ex-presidente Rafael Correa aprovou uma lei, em 2017, que proibia que candidatos presidenciais tivessem empresas em paraísos fiscais.

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