Inquérito na Câmara pode acarretar no processo de impeachment do presidente Donald Trump
Fotos Públicas
Inquérito na Câmara pode acarretar no processo de impeachment do presidente Donald Trump

A Casa Branca informou à Câmara dos Deputados dos EUA nesta terça-feira que não pretende colaborar com o inquérito conduzido em três comissões do Legislativo que pode levar à abertura de um processo de impeachment contra o presidente Donald Trump , acirrando ainda mais o conflito político entre os dois poderes em meio a uma queda de braço sobre depoimento de um alto diplomata no caso.

Leia também: Após licença, Carlos Bolsonaro volta à Câmara de Vereadores do Rio nesta quinta

Em carta aos presidentes da Câmara e das comissões de Inteligência, Relações Exteriores e Fiscalização e Reforma, todas lideradas pela oposição democrata, Pat Cipollone , conselheiro legal da Presidência dos EUA, afirmou que a investigação é “inconstitucional” por não ter sido aprovada pelo plenário da Casa e viola dos princípios do devido processo legal, tudo numa busca por reverter o resultado das eleições de 2016 que deu vitória a Trump .

“Por estas razões, o presidente Trump e seu governo rejeitam seus esforços infundados e inconstitucionais para derrubar o processo democrático. Suas ações sem precedentes deixaram o presidente sem escolha. Para poder cumprir seus deveres para com o povo americano, a Constituição, o Poder Executivo e todos os futuros ocupantes do escritório da Presidência, o presidente Trump e seu governo não podem participar de seu inquérito partidário e inconstitucional sob essas circunstâncias”, diz trecho do documento de oito páginas.

A carta foi enviada à liderança democrata da Câmara em meio à briga desta com a Casa Branca sobre depoimento do embaixador dos EUA para a União Europeia, Gordon Sondland, no âmbito do inquérito de impeachment. Ele foi instruído pelo governo Trump a não comparecer ao depoimento previamente marcado às comissões, na manhã desta terça. Em resposta, os presidentes das três comissões — Adam Schiff (Inteligência), Elliot Engel (Relações Exteriores) e Elijah Cummings (Fiscalização e Reforma) — intimaram Sondland a comparecer a novo depoimento marcado para o próximo dia 16.

Aliado e doador da campanha de Trump, Sondland é um dos três diplomatas americanos cujas mensagens de texto foram divulgadas na semana passada no escândalo envolvendo telefonema entre o presidente dos EUA e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelesnky, em julho passado, objeto de denúncia incicialmente de um , e depois de um segundo , funcionário da Inteligência americana.

Leia também: Google entra com recurso para não fornecer dados de buscas sobre Marielle

O conteúdo das mensagens sugere que um encontro na Casa Branca entre os presidentes americano e ucraniano foi condicionado a uma declaração pública do visitante afirmando que investigaria a empresa onde trabalhou Hunter Biden, filho do ex-vice-presidente e um dos potenciais adversários de Trump nas eleições presidenciais do ano que vem Joe Biden, e uma suposta interferência do país europeu no pleito de 2016.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!