O Furacão Florence foi considerado
Reprodução/Nasa
O Furacão Florence foi considerado "extremamente perigoso" e deve atingir 245 mil nos EUA

Moradores da costa leste dos Estados Unidos permanecem deixando o litoral nesta quarta-feira (12), devido à aproximação do furacão Florence do local. Segundo informações da CNN , o fenômeno está se movendo sobre o Oceano Atlântico, com ventos contínuos de 225 km/h, e pode ser o pior furacão a atingir o país em décadas. Até agora, o governo obrigou cerca de 1,7 milhão de pessoas a evacuar as cidades da região.   

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O Centro Nacional de Furacões informou hoje que o furacão Florence deve atingir a costa sul da Carolina do Norte entre a noite de quinta e a manhã de sexta-feira (14), já sendo classificado na categoria 4, em uma escala de furacões que vai até 5. Estima-se que, ao longo desse período, os ventos percam forças.

A previsão é de que o fenômeno provoque ondas enormes, chuvas torrenciais de 89 centímetros e inundações grandiosas em partes dos estados de Carolina do Sul, Carolina do Norte e Virgínia, nos EUA.

"Esta tempestade é grandiosa, nunca presenciamos nada assim anteriormente”, disse o governador da Carolina do Norte, Roy Cooper, em um comunicado de alerta emitido na terça-feira (11). "Mesmo que já tenhamos enfrentado furacões antes, este será diferente. Não arrisquem suas vidas lutando contra um ‘monstro’”, acrescentou, aconselhando os americanos.

Americanos se preparam para enfrentar furacão Florence nos próximos dias

O Furacão Floreste deve tocar o solo dos estados da Carolina do Sul, Carolina do Norte e Virgínia nesta semana
Reprodução/National Weather Service
O Furacão Floreste deve tocar o solo dos estados da Carolina do Sul, Carolina do Norte e Virgínia nesta semana

Avisos sobre furacões são geralmente emitidos 36 horas antes de a tempestade tropical atingirem as áreas. Neste caso, os alertas apontaram perigos de inundação com risco de morte por causa do aumento da água, que se desloca da costa para o interior da região.

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A mídia americana ressaltou que, depois das emissões de alerta , moradores das cidades a serem afetadas lotaram postos de gasolina e esvaziaram as prateleiras dos supermercados.  De acordo com a reportagem da CNN , muitos residentes ficaram apavorados e evacuaram rapidamente, enquanto outros, como Allison Jones, ficaram na dúvida se deveriam ou não sair.

Jones alegou que a casa onde mora com o marido, seis filhos, um cachorro e um gato, fica em Hillsborough, Carolina do Norte, e pode ser destruída por fortes inundações. A mulher destacou que outros familiares que moram próximos a ela já deixaram a cidade, levando o máximo de itens de valor que conseguiram.

"Decidimos deixar nossa casa na quarta-feira. Busquei pegar tudo de valor sentimental, como álbum de fotos e os brinquedos preferidos das crianças. Fico me perguntando se isso será tudo o que nos restará. Eu gostaria de ter mais tempo", disse.

Tim Terman e sua família moram em Southport, Carolina do Norte, e também demoraram a seguir as recomendações das autoridades. Terman afirmou que deixar a casa onde viveu durante anos está sendo difícil, já que não sabe se irá encontrá-la quando voltar. "Depois de sair, é difícil voltar para verificar os danos. Essa casa é tudo o que minha família e eu temos, materialmente falando, uma vida inteira de conquistas está nela”, lamentou.

 O prefeito de Carolina Beach, Joe Benson, acredita que metade dos moradores tenha permanecido na ilha mesmo após as orientações de evacuação. A Agência Federal de Gerenciamento de Emergências expôs que relógios e alertas de tempestades estão em vigor para toda a costa da Carolina do Norte e partes da Carolina do Sul, e que é necessário que os moradores obedeçam e saiam das cidades.

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Algumas escolas nos condados do interior já estão sendo usadas como abrigos. Segundo as autoridades locais, famílias com animais de estimação poderão ficar em clínicas veterinárias, canis e outras instalações em áreas não vulneráveis.

Vale mencionar que duas tempestades, além do furacão Florence , estão sendo monitoradas pelos cientistas dos Estados Unidos. Nomeadas de Helen e Isaac, ambas estão se deslocando pelo oceano Atlântico, e permanecem na categoria 1.

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