Há um ano, em Charlottesville, moradora foi morta quando James Fields (foto) lançou seu carro contra manifestantes
Reprodução/Virginia State Police
Há um ano, em Charlottesville, moradora foi morta quando James Fields (foto) lançou seu carro contra manifestantes

Centenas de pessoas se reuniram neste domingo (12), em Charlottesville, Virginia (EUA), para protestar contra o racismo. O ato é uma lembrança às manifestações de supremacistas brancos ocorridas exatamente um ano atrás e que deixaram uma mulher morta e 19 feridos.

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Simultaneamente, em Washington, um protesto de neonazistas também foi organizado para coincidir com a data dos confrontos em Charlottesville . O evento, chamado de “Unite the Right 2” (“Una a Direita 2”, em tradução livre), foi marcado para acontecer na Lafayette Square, em frente à Casa Branca, às 18h30 (horário de Brasília).

A expectativa é de que as manifestações contrárias ao racismo a serem realizadas também em Washington superem em número as de supremacistas brancos. As autoridades locais prometeram a presença da polícia para manter os dois lados separados e evitar conflitos, como os que eclodiram em 2017.

Na ocasião, Heather Heyer, moradora da região, foi atropelada e morta quando James Fields, de Ohio, lançou seu carro contra uma multidão de manifestantes.

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Na noite de ontem (11), os organizadores do #OccupyLafayettePark, um grupo de defesa de direitos civis, foi à frente da Casa Branca para protestar contra o presidente Donald Trump e os neonazistas. Os manifestantes seguravam cartazes com os dizeres “Love America, hate Trump” (“Ame a América, odeie Trump) e “Defend the district from white supremacy” (“Defenda a cidade contra a supremacia branca”).

Trump, Charlottesville e racismo

'Tumultos em Charlottesville há um ano resultaram em morte e divisão sem sentido. Devemos nos unir', disse Trump
Reprodução/CNN
'Tumultos em Charlottesville há um ano resultaram em morte e divisão sem sentido. Devemos nos unir', disse Trump

No ano passado, após a tragédia na Virginia, o presidente Donald Trump disse que havia “pessoas muito boas” em ambos os lados. A declaração gerou crítica de todos os setores políticos, uma vez que deu a entender que o mandatário estava equiparando neonazistas e antifascistas.

Neste sábado, no Twitter, Trump condenou “todos os tipos de racismo”. Adicionalmente, no programa This Week , da ABC , sua assessora Kellyanne Conway afirmou que a mídia “não estava cobrindo” as repetidas denúncias do presidente contra os supremacistas brancos e que Trump “está clamando pela união entre todos os norte-americanos”.




"Os tumultos em Charlottesville um ano atrás resultaram em morte e divisão sem sentido. Nós devemos nos unir como nação. Condeno todos os tipos de racismo e atos de violência. Paz a TODOS os americanos!", escreveu.

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Em contrapartida, também ao This Week , o deputado democrata Elijah Cummings, principal representante do partido no Comitê de Supervisão da Câmara, disse que o mandatário não estava fazendo o suficiente para repudiar os racistas e neonazistas.

"Eu acho que é pouco para o presidente dos Estados Unidos simplesmente dizer que é contra o racismo. Ele tem que fazer mais do que isso", defendeu, citando os confrontos em Charlottesville

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