Donald Trump e Kim Jong-un se apertam as mãos antes da reunião histórica
Divulgação/White House
Donald Trump e Kim Jong-un se apertam as mãos antes da reunião histórica

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que a Coreia do Norte não é mais uma ameaça nuclear. A afirmação aconteceu nesta quarta-feira (13), logo após a cúpula inédita realizada na terça-feira (12) em que  os líderes dos dois países se encontraram em Cingapura.

Após a reunião, Kim Jong-un aceitou desmantelar o seu programa nuclear e trabalhar pela desnuclearização completa da península coreana. A nova postura era uma das condições impostas por Trump para que o encontro acontecesse.

“Acabei de desembarcar de uma viagem longa. Agora todos podem se sentir muito mais seguros do que no dia em que assumi. Não há mais uma ameaça nuclear por parte da Coreia do Norte. Encontrar-me com Kim Jong-un foi uma experiência interessante e muito positiva. A Coreia do Norte tem um grande potencial para o futuro!”, escreveu o presidente norte-americano no Twitter.

“Antes de assumir o cargo, as pessoas entendiam que estávamos indo para a guerra com a Coreia do Norte. O presidente Obama disse que a Coreia do Norte era o nosso maior e mais perigoso problema. Não mais - durmam bem esta noite!”, completou.

Nesta manhã, o presidente dos EUA também afirmou que sua nação deverá economizar com a suspensão dos "jogos de guerra", e ainda afirmou que "os dois lados estão agindo de boa fé".

Ao falar sobre os “jogos de guerra”, Trump se referiu  aos exercícios militares feito por seu país em conjunto com a Coreia do Sul. Para a Coreia do Norte, essas manobras militares são uma provocação.

Leia também: Leia a íntegra do documento assinado por Donald Trump e Kim Jong-un

Trump e Kim Jong-un juntos pela primeira vez

Após reuniões, Donald Trump e Kim Jong-Un assinaram compromisso pela paz
Divulgação
Após reuniões, Donald Trump e Kim Jong-Un assinaram compromisso pela paz

Após conversas que duraram cerca de quatro horas, Trump e Kim assinaram um acordo pela paz. No documento, o líder norte-coreano se compromete a acabar com seu arsenal nuclear. Os Estados Unidos, por sua vez, vão trabalhar para garantir a segurança dos norte-coreanos.

Os dois líderes trocaram elogios durante todo o evento. Trump chegou afirmar que convidaria o norte-coreano para visitar Casa Branca e disse que os dois desenvolveram um "laço especial". Kim Jong-Un agredeceu o norte-americano pela reunião e falou que aceitaria um convite para ir a Washington. 

Kim e Trump assinaram o documento na frente da imprensa. "Estamos prestes a assinar um acordo importante e amplo", disse Trump. Kim Jong-un classificou o documento como histórico. "Resolvemos deixar o passado para trás. O mundo verá uma grande mudança", disse.

Principais pontos do acordo

  • Estados Unidos e Coreia do Norte se comprometem a estabelecer relações de acordo com o desejo de seus povos pela paz e prosperidade; 
  • Estados Unidos e Coreia do Norte irão unir seus esforços para construir um regime de paz estável e duradouro na Península Coreana; 
  • Conforme a Declaração de Panmunjon, de 27 de abril de 2018, a Coreia do Norte se compromete a trabalhar em direção à completa desnuclearização da Península Coreana; 
  • Estados Unidos e a Coreia do Norte se comprometem a recuperar os restos mortais de prisioneiros de guerra, incluindo a imediata repatriação daqueles já identificados. 

O documento assinado por Trump e Kim é um passo importante para a paz, conforme classificou o presidente americano. Quando questionado se o programa nuclear norte-coreano seria encerrado , Trump disse que "as coisas estavam caminhando nessa direção de maneira muita rápida".

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