Putin, presidente russo, atravessa crise com o Ocidente após morte de ex-espião e suposto ataque químico à Síria
Divulgação/Kremlin - 28.3.18
Putin, presidente russo, atravessa crise com o Ocidente após morte de ex-espião e suposto ataque químico à Síria

O governo da Rússia afirmou, nesta sexta-feira (13), que possui provas "irrefutáveis" sobre a participação direta do Reino Unido no que foi chamado de "manipulação" do suposto ataque químico que ocorreu na cidade de Duma, na Síria.

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O incidente deixou entre 70 e 100 mortos no último sábado (7) e a comunidade internacional acusa o governo sírio da autoria do ataque. A Rússia, por apoiar o governo de Bashar al-Assad é tida como indiretamente culpada. Porém, tanto Putin quanto Assad negam envolvimento no ataque químico .

A acusação russa chega em meio à crise diplomática entre Moscou e Londres por causa do envenenamento do ex-espião russo Serghei Skripal, ocorrido em Salisbury e que as autoridades britânicas também atribuem ao Kremlin. 

"Temos dados irrefutáveis de que o ataque químico em Duma, na Síria , foi montado. E os serviços especiais de um país, que agora está tentando ficar na primeira fila da campanha russofóbica, se envolveram diretamente nesse mise-en-scène", declarou Lavrov, citado pela agência Tass .

"Pessoas desconhecidas, dotadas de câmeras de vigilância, apareceram de forma imprevista, semeando o pânico, dizendo que havia sido perpetrado um ataque químico e pedindo para todos se lavarem com água. Depois foram embora", acrescentou o Ministério das Relações Exteriores.

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Além disso, Moscou afirmou que os "White Helmets" ("Capacetes Brancos", em tradução livre), ONG de defesa civil que atua em áreas da Síria dominadas por rebeldes, foram pressionados para realizar a "provocação" o mais rapidamente possível. A Rússia, no entanto, não apresentou nenhuma das provas que diz ter.

Visão internacional sobre o ataque químico

Os rebeldes e países como Reino Unido e França acusam o regime de Bashar al Assad, protegido pelo Kremlin, pelo ataque químico . O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também culpou Assad, mas o Pentágono disse que ainda está buscando provas de seu envolvimento.

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* Com informações da Agência Ansa.

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