'Enfermeira stalker' finge ser médico por 4 anos para seduzir mulheres pela web

Adele Rennie se 'passava' por médico, usando um aplicativo para engrossar a voz; ela confessou ter invadido registros médicos e dados online das vítimas

Enfermeira stalker enganou mulheres na internet por quatro anos
Foto: Reprodução/Mirror
Enfermeira stalker enganou mulheres na internet por quatro anos

A enfermeira Adele Rennie, de 27 anos, foi sentenciada a 22 meses de prisão após perseguir  pacientes pela internet. A stalker se passava por um médico e seduzia mulheres, a fim de conseguir fotos eróticas das vítimas.

Leia também: "Papai Noel do crime" fica preso em chaminé ao tentar assaltar loja nos EUA

Para conseguir as imagens, a enfermeira usava um aplicativo para engrossar a voz. Com isso, manteve um relacionamento online com, pelo menos, 10 mulheres. Durante quatro anos, a stalker esteve presente nas redes sociais, sites e aplicativos de namoro com a "máscara" do médico sedutor. 

Adele chegou a entregar flores para algumas de suas vítimas, além de acessar registros médicos de uma delas. Quando marcava de encontrá-las, cancelava de última hora, mentindo que a família "estava muito doente" e que por isso não poderia ir, informou o Daily Record .

Além disso, a mulher usava nomes falsos, como David Graham, David Crolla, Marco e Matthew Mancini para invadir dados e realizar uma série de atos criminosos. Muitas vezes, reutilizava o mesmo enredo e personagens, e ainda ligava para as vítimas.

Leia também:Na Suíça, homem recupera carteira perdida há 10 anos com todo o dinheiro dentro

Acusação e perseguições

Em novembro, Adele se declarou culpada por 18 acusações no tribunal, sendo informada de sua sentença naúltima segunda-feira (18). Segundo o escritório de advocacia  Office Crown , a enfermeira foi incluída no registro de infratores sexuais, sendo objeto de uma ordem de não assédio.

Quando trabalhou no Hospital Crosshouse, em Ayrshire, na Escócia, admitiu ter tentado desviar as investigações da Justiça, escondendo um telefone móvel no banheiro durante uma busca policial em sua casa.

Ela ainda relatou ter tentado excluir uma conta no Instagram, além de ter enviado um cartão de identificação, para que uma mulher acreditasse que seu personagem era uma pessoal real.

Enquanto estava sob fiança, a enfermeira conseguiu acessar diversos sites de encontros e redes sociais, entrando em contato com as vítimas.  A procuradora fiscal da North Strathclyde, Laura Mundell, alegou que as ações executadas por Rennie são inaceitáveis e causaram grande ansiedade e alarme.

Leia também: Mulher mata marido e faz amante realizar plástica para 'tomar o lugar' do morto

"A perseguição pode ter um impacto devastador e duradouro na vida das vítimas. Nós encorajamos qualquer pessoa que está sendo vitima de um stalker, ou que identifique um comportamento estranho, a não hesitar em relatar o que está acontecendo para a polícia ", recomendou Mundell.

*Com informações do Mirror